Candidatos perdem prova de concurso por confusão com horários
Cartão de confirmação não trazia a informação de que a prova seria aplicada no horário de Brasília
A ausência de um detalhe importante no cartão do candidato fez com que mais de 15 pessoas perdessem a prova do concurso da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Por se tratar de um certame de nível nacional, os horários seguidos pela coordenação foram os de Brasília. Sem essa informação destacada no cartão, muitos candidatos se sentiram lesados pela banca organizadora.
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A falta de informação sobre o horário de Brasília no cartão de confirmação levou mais de 15 candidatos a perderem a prova do concurso da Conab, realizado em Campo Grande. Candidatos, como a professora Jucilene e o técnico Drailer Souza, expressaram frustração, alegando que a ausência do detalhe prejudicou suas chances. O edital, que especificava o horário correto, foi contestado por muitos, que acreditavam que a prova seguiria o horário local. A coordenadora do local de prova tentou esclarecer a situação, mas os candidatos continuaram insatisfeitos, considerando a situação injusta. O concurso oferece vagas com salário base de R$ 3.459,87.
A professora Jucilene do Nascimento, de 32 anos, contou ao Campo Grande News que mora em uma fazenda em Rochedo, a mais de 90 quilômetros da Capital. Por não constar a indicação de "horário de Brasília" no cartão de confirmação, acreditou que estava dentro do prazo. “Eu vim da fazenda para fazer essa prova. Deveria ter aqui no papel a descrição do horário de Brasília”, disse.
O técnico de TI (Tecnologia da Informação), Drailer Souza, de 54 anos, chegou às 15h10 e afirmou que estava se sentindo mal com a situação. “Eu estudei, me preparei um tempão, gastei um dinheiro. Ainda olhei no site para ver certinho e, em nenhum lugar, falava que era horário de Brasília. Mais uma vez a gente sai prejudicado”, relatou.
Segundo ele, a prova estaria "fácil" para quem estudou as edições anteriores e o perfil da banca. “Tenho certeza de que ia passar, ainda mais que poucas pessoas conseguiram entrar. O jeito é continuar trabalhando, consertando computador”, concluiu.
Para a doméstica Glauce Aparecida dos Reis, de 46 anos, o concurso representava uma chance de mudança de vida. “Estou estudando desde abril e saí lá das Moreninhas para fazer a prova aqui no Monte Castelo. Isso é injusto. É ruim você perder algo por falta de informação”, lamentou.
A auxiliar administrativa Jociane Bezerra da Silva, de 31 anos, contou que saiu do Portal do Caiobá para fazer a prova na Escola Estadual Maestro Frederico Liebermann. “Se fosse no horário de Mato Grosso do Sul, como achamos que era, estaria tudo certo. Estou me sentindo lesada pela banca. Vou me inscrever no concurso da Polícia Civil, que ainda vão lançar, mas hoje já seria uma oportunidade de treinar”, afirmou.
Enquanto os candidatos se reuniam em frente à escola, a coordenadora do local de prova saiu até o portão para ouvir as reclamações e mostrou que o edital trazia, de forma clara, a informação de que o concurso seguiria o horário de Brasília.
No período da tarde, estão sendo aplicadas as provas para o cargo de assistente, que tem salário base de R$ 3.459,87 e oferece duas vagas para Campo Grande.
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