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Capital

Conselheiros da Capital trabalham de preto em luto por chacina no Nordeste

Ricardo Campos Jr. | 12/02/2015 14:39
Conselheiras trabalhando de preto (Foto: Laís Berrocal / arquivo pessoal)
Conselheiras trabalhando de preto (Foto: Laís Berrocal / arquivo pessoal)

Servidores dos Conselhos Tutelares de Campo Grande vestem preto durante as atividades desta quinta-feira (12) em luto pela morte de três conselheiros pernambucanos durante cumprimento de uma determinação judicial em Poção, interior do estado nordestino. Eles foram vítimas de uma emboscada.

A questão da segurança é delicada e diariamente a classe convive com diversos tipos de ameaças, segundo a conselheira Laís Berrocal. Na Capital, os profissionais contam com apoio da Guarda Municipal e da PM (Polícia Militar) principalmente quando vão a campo fazer o acolhimento das crianças vítimas de violência ou em situação de vulnerabilidade, mas em alguns casos isso não evita momentos de tensão diante de pais ou parentes inconformados.

“Nós trabalhamos constantemente com medo. Nunca sabemos o que vai acontecer. Às vezes a pessoa se mostra calma e quanto você faz o acolhimento da criança, ela acaba se descontrolando”, diz. Ela relata que já houve colegas que foram ameaçados com faca e tiveram que fugir do local de ação.

Engana-se quem pensa que atrás das mesas e balcões esses profissionais estão livres do perigo. “Nós somos agredidos até mesmo dentro do Conselho. Às vezes as pessoas empurram a mesa, se alteram, gritam e nós temos que pedir apoio da Guarda”, conta.

Laís explica que os servidores combinaram entre si o manifesto, que tem apenas relação com o fato ocorrido com os colegas de profissão nordestinos e garante que eles não estão fazendo qualquer tipo de reivindicação na Capital. Segundo ela, ações semelhantes estão sendo feitas também em outros estados brasileiros, dada a repercussão que o caso teve.

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