Corte de gastos nos obrigou a se modernizar, diz reitor da Federal
Apesar de fala, Marcelo Turini aproveita vinda de ministro ao MS para antecipar pedido de aumento de verbas para conclusão de obras em instituição de ensino, que acontecerá na próxima semana

Durante evento que aconteceu na manhã desta segunda-feira (21) na Assembleia Legislativa, no Parque dos Poderes (zona leste), com a presença do ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, o reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Marcelo Turini, disse que os cortes de gastos efetivados pelo governo federal na instituição a obrigaram a se modernizar.
Segundo Turini, os cortes orçamentários de 40% abriram espaço para a modernização e informatização dos sistemas e renegociações contratuais com prestadores de serviços.
“Não tivemos prejuízo nos cursos, na qualidade do ensino, os alunos não saíram prejudicados com essa redução no repasse de verbas”, assegurou o reitor. Entre os exemplos, está a manutenção de contratos vigentes por apenas 25% do valor original acertado.
Uma reunião, segundo o reitor, está marcada na próxima semana entre o ministro e outros 97 representantes de instituições federais para que valores de repasse sejam discutidos.
Mesmo assim, Turini aproveitou a presença do ministro para pedir que suas exigências sejam atendidas. Além do orçamento de R$ 27 milhões previsto para o ano que vem, o reitor quer mais dinheiro para até o final de 2017. “Já conversei com ele (ministro) e a expectativa é que seja liberado 100% (da verba) até o final do ano”, disse.
Em seu discurso, Turini pediu abertamente pelos R$ 7 milhões necessários para a universidade concluir pelo menos oito obras em aberto, entre elas o novo prédio do curso de medicina, tanto em Campo Grande como em Três Lagoas (a 338km da Capital), assim como a nova sede do curso de nutrição.
O reitor, contudo, ponderou que apesar do pedido por mais dinheiro, a universidade está entregando um total de R$ 9,6 milhões em obras, entre as quais se destacam o complexo de formação de professores, de veterinária (que atenderá até 500 alunos) e a ampliação do restaurante universitário com capacidade para servir 600 refeições de uma só vez.
Ainda de acordo com Turini, a ameaça de manifestações dos alunos sobre o aumento de preço das refeições na UFMS é injustificável. Segundo ele, o local já funciona no período do jantar e a adequação dos valores se faz necessária para manter gratuito o serviço aos alunos de baixa renda.
“Por isso precisamos dessa elevação. Para esses alunos carentes não irá aumentar (o valor)”, disse, revelando que o valor por prato irá dos R$ 2,50 atuais para R$ 4,50, ainda sem data prevista.