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Capital

Defensor quer adiar júri de Thamara pelo assassinato de adolescente

Thamara Arguelho também fez solicitação à Justiça para não participar do próprio júri

Luana Rodrigues | 14/08/2017 14:14
Thamara está presa desde agosto, deste ano. (Foto: Reprodução)
Thamara está presa desde agosto, deste ano. (Foto: Reprodução)

Acusada de matar a adolescente Victoria Correia Mendonça, 18 anos, no dia 19 de julho do ano passado, Thamara Arguelho de Assis, 22 anos, não quer estar presente no próprio julgamento, marcado para a próxima sexta-feira (18). Além disso, nesta segunda-feira (14), o defensor que a representa, Rodrigo Antonio Stochiero Silva, pediu o adiamento da audiência, pois também não poderá comparecer ao júri nesta data.

Em manifestação anexada ao processo no dia 2 de agosto, Thamara afirma que “não tem interesse em comparecer ao julgamento na 2ª Vara no Tribuna de Justiça em Campo Grande, no dia 18 de agosto”.

Já na data de hoje, o defensor Rodrigo Antonio Stochiero Silva, protocolou documento solicitando uma nova data para o júri, pois também não poderá comparecer, devido a uma reunião do Conselho Superior da Defensoria Pública.

No processo, o defensor reforça que Thamara “não abre mão” de ser defendida por ele, já que, do contrário, a Defensoria poderia designar outro defensor público para o júri.

Thamara está presa desde o dia 22 de junho do ano passado e, inclusive, deu a luz a uma menina na prisão. A criança, que atualmente tem oito meses de idade, vive com a mãe na “Unidade Materno Infantil”, no Estabelecimento Penal Feminino “Carlos Alberto Jonas Giordano” (EPFCAJG), em Corumbá – distante 419 quilômetros de Campo Grande.

O presídio é o único no Estado que abriga no mesmo espaço o berçário e alojamento das internas.

Crime - Victoria foi morta com um tiro na cabeça e outros três pelo corpo, na madrugada de terça-feira (19), na Rua Luiz Bento, Vila Popular, em Campo Grande. Uma testemunha contou à polícia que a vítima discutia com uma mulher em frente de casa, quando foram feitos cinco disparos.

A autora era Thamara. “Para quê esta arma e aquele mototaxista na esquina?”. “Porque eu vou te matar, vagabunda”. Estas foram as últimas palavras trocadas entre as duas.

O diálogo foi relatado por Thamara à delegada Rosely Dolor, da 7ª DP (Delegacia de Polícia), que classificou a autora como “fria e perigosa”. O motivo do crime? Ciúme.

Segundo Thamara, no fim de semana anterior, Victória postou no Facebook uma foto ao lado de Weverton Silva Ayva, de 28 anos – o rapaz, por sua vez, seria ex-namorado de ambas.

Naquela noite de terça, Thamara contou à polícia que tomou quatro latinhas de cerveja, pegou um revólver – não soube especificar qual e que até agora não foi encontrada – chamou um mototaxista e foi até a casa da ‘rival’, na Vila Popular.

Chegando lá, mandou o piloto ficar na esquina e foi tirar satisfações com Victória, quando aconteceu o diálogo derradeiro. Em seguida, a garota pegou o mototáxi e fugiu, passando os dias seguintes perambulando pelas casas de parentes,a té que foi presa.

Weverton, "pivô" do crime, foi assassinado em setembro, quando saia do Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado de Campo Grande.

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