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Capital

Defesa de estuprador pede comprovação de tratamento psicológico em presídio

Douglas Igor, já condenado por outros cinco estupros, agora responde por tentativa de estupro contra uma adolescente de 15 anos

Geisy Garnes | 15/02/2018 19:29
Douglas foi preso no dia 2 de fevereiro (Foto: Saul Schramm)
Douglas foi preso no dia 2 de fevereiro (Foto: Saul Schramm)

A defesa de Douglas Igor da Silva Fernandes, investigado por atacar uma menina de 15 anos no fim do mês passado, pediu a justiça a comprovação de que o cliente recebeu tratamento psicológico quando esteve no regime semiaberto. O acompanhamento foi uma das exigências para ele deixasse o regime fechado, onde cumpria pena pela condenação de cinco estupros.

O documento foi enviado ao juiz da 2ª Vara de Execuções Penais nesta quinta-feira (15). No pedido de providência, o advogado Benedicto Arthur de Figueiredo Neto relembrou que quando o cliente recebeu o benefício da progressão de regime, em agosto de 2017, ficou determinado que receberia “vigilância constante”, para não sofrer recaída.

Na época, a decisão assinada pelo o juiz Caio Márcio de Britto, se baseava em dois laudos psicológicos e afirmava que Douglas estava apto para sair do regime fechado, mas com monitoramento constante. Com a nova prisão cinco meses depois de começar a cumprir pena na Gameleira, a defesa exigiu a comprovação que o tratamento foi realizado.

“Requer a Vossa Excelência que seja informado a esse juízo, se o Estado proporcionou o tratamento psicológico adequado ao reeducando enquanto estava no regime semiaberto”, escreveu a defesa. No dia 7 de fevereiro, o juiz determinou que Douglas voltasse ao regime fechado por ter cometido novo crime.

Ainda assim, dois dias depois, uma audiência de justificação, onde o réu será ouvido sobre o caso, foi marcada e deve acontecer no dia 23 de maio, às 14h50. Desde a prisão, feira pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) em 2 de fevereiro, Douglas cumpre pena do Instituto Penal de Campo Grande.

Câmeras de segurança gravaram a tentativa de estupro (Foto: Reprodução vídeo)
Câmeras de segurança gravaram a tentativa de estupro (Foto: Reprodução vídeo)

O caso - Douglas é investigado por tentativa de estupro a uma menina de 15 anos. O caso aconteceu no dia 27 de janeiro no Jardim Noroeste.

Em entrevista ao Campo Grande News, a vítima contou que voltava para casa quando foi abordada e forçada a entrar no carro do suspeito. Armado como uma faca, o homem mandou a menina ficar com a cabeça baixa, mas ainda assim, ela conseguiu abrir a porta e pular do veículo em movimento. “Pensei que se eu não saísse dali eu ia morrer”.

Horas antes, segundo a investigação policial, Douglas tentou atacar outra mulher, de 24 anos, no Jardim Montevidéu.

Os primeiros crimes de Douglas ocorreram entre julho e agosto de 2007. Ele atacava as mulheres sempre com uma faca, as vendava e estuprava. Foram seis casos, além de roubo, que o levaram a condenação de 26 anos, 11 meses e 10 dias de prisão no regime fechado. Essa condenação começou com 50 anos de reclusão, mas foi reduzida graças a inúmeros recursos da defesa.

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