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Capital

Defesa volta a apelar para estado mental de homem que matou ex em floricultura

Defesa pede a exclusão de duas qualificadoras, que podem atenuar a pena do acusado quando ele for a julgamento

Adriano Fernandes | 25/01/2021 23:59
Bombeiros e policiais militares no local onde ocorreu o crime. (Foto: Henrique Kawaminami)
Bombeiros e policiais militares no local onde ocorreu o crime. (Foto: Henrique Kawaminami)

A defesa de Suetônio Pereira Ferreira, de 58 anos, entrou com um recurso na justiça pedindo a exclusão de duas qualificadoras, que podem atenuar a pena do acusado quando ele for a julgamento pela morte de sua ex-namorada, Regiane Fernandes de Farias, de 39 anos.

Em 18 de janeiro do ano passado, Suetônio matou a vítima a tiros enquanto ela chegava para trabalhar em uma floricultura no Bairro Carandá Bosque. Em seguida ele atirou contra a própria cabeça, se recuperou no hospital e depois foi transferido para o IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), onde segue preso até hoje.

No recurso, a defesa pede a reformulação da sentença, com a exclusão das qualificadoras “recurso que dificultou a defesa da vítima” e “motivo torpe”. Isso porque, segundo os advogados, faltam indícios que comprovem que Suetônio cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento com a vítima. A defesa ressalta que o acusado nunca havia agredido a vítima durante o relacionamento, e volta a apelar para o estado mental de Suetônio, que estaria depressivo na época.

Logo após o crime, há cerca de um ano, a defesa também entrou com um pedido de internação do acusado em unidade psiquiátrica, alegando risco dele cometer suicídio por ser uma pessoa doente mentalmente.

“Houve sim, de fato, a perturbação da saúde mental do acusado, vez que não foi inteiramente capaz de se determinar com o entendimento, o momento em que se encontrava, o grau depressivo/depreciativo o impediu, de discernir suas atitudes”, diz trecho da ação.

A defesa também afirma que o acusado não cometeu o crime de uma forma em que Regiane, não pudesse se defender e, por isso, também pede a remoção desta outra qualificadora. A Justiça ainda não decidiu se acata ou não ao recurso da defesa.

O crime - Regiane foi a primeira vítima de feminicídio de 2020. Ela foi baleada por Suetônio quando chegava na floricultura onde trabalhava, no Bairro Carandá Bosque, por volta das 08h. Suetônio atirou contra própria cabeça logo em seguida.

Após ser atingida pelos disparos, Regiane chegou a ser intubada na Santa Casa, mas acabou morrendo horas depois. Suetônio também foi hospitalizado, ficou internado sob escolta por cerca de duas semanas e saiu do hospital direto para a prisão.

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