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Capital

Delegado impõe fiança de 3,9 mil por desacato: "não pode ficar impune", diz

Renan Nucci | 08/02/2015 10:54
Delegado plantonista da Depac Piratininga disse que agiu em respeito aos colegas policiais. (Foto: Marcelo Calazans)
Delegado plantonista da Depac Piratininga disse que agiu em respeito aos colegas policiais. (Foto: Marcelo Calazans)

Instalador de ar condicionado foi preso em flagrante por desacato na madrugada deste domingo (08), depois de ofender uma equipe da Polícia Militar que atendia ocorrência de trânsito. Além de proferir palavras de baixo calão, o homem de 23 anos chegou a dizer que sua mesada era maior do que o salário dos policiais. O delegado Hoffman Dávila Cândido e Souza arbitrou fiança de R$ 3.940, a qual o autor não pagou e continua detido.

Tudo teve início por volta da 1h, devido ao acidente entre uma moto Honda CG Fan e um GM Prisma que evadiu do local, no Jardim São Lourenço. Enquanto a PM registrava o caso, uma testemunha se apresentou e disse ter anotado a placa do carro por meio imagens, sendo perseguida por algumas pessoas que seriam, supostamente, amigas do motorista.

O grupo chegou ao local em seguida e começou a tumultuar o ambiente, dificultando, inclusive, o socorro à vítima  por parte do Corpo de Bombeiros. A PM então pediu para que todos se retirassem, quando teve início as ofensas. O autor, que também integra uma equipe de carros modificados, xingou a guarnição e disse ter a mesada maior que o salário dos policiais, e que eles não sabiam com quem estavam lidando.

No meio da confusão ele também incitava para que os demais o apoiassem com os insultos e atacassem a polícia. Foi solicitado auxílio da equipe do Batalhão de Choque e do Pelotão do Tiradentes. O instalador de ar condicionado tentou resistir à prisão, avançando contra os militares, mas acabou levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, onde foi autuado em flagrante por desacato pelo delegado Hoffman, plantonista.

O delegado arbitrou fiança de R$ 3.940 (cinco salários mínimos), alegando respeito aos policiais ofendidos. O objetivo, segundo ele, foi de que não houvesse sentimento de impunidade. “Levei em consideração as penas, a vida pregressa (o acusado já tinha passagens quando adolescente), as condições pessoais de fortuna e a natureza da infração. Agi em respeito aos colegas policiais”, afirmou.

Hoffman destacou ainda que, além da questão penal, sua decisão também teve caráter pedagógico. “Ele precisa aprender a respeitar as autoridades, arcar com seus atos e deixar de pensar que ficará impune”, explicou. Como não pagou fiança, o rapaz ficará aos cuidados da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), que será responsável por destinar o local de cumprimento da pena.

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