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Capital

Denar assume investigação sobre morte em cela e quer ouvir policiais

Aline dos Santos | 31/05/2016 11:08
Delegado titular da Denar assumiu investigação ontem investigação sobre morte em cela. (Foto: Marcos Ermínio)
Delegado titular da Denar assumiu investigação ontem investigação sobre morte em cela. (Foto: Marcos Ermínio)

A apuração sobre a morte do preso Guilherme Gonçalves Barcelos, 31 anos, que teria cometido suicídio na cela do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), inclui ouvir depoimentos de todos os policiais envolvidos no caso, de familiares do preso e análise de laudos. A investigação foi repassada à Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico).

Guilherme foi encontrado morto no dia 25 de maio. Ele foi preso por equipe da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) e custodiado no Garras. “Recebi o procedimento ontem à tarde e baixei a portaria para inquérito policial. Estou pedindo laudo necroscópico e do levantamento do local. Também determinei as oitivas de todos os policiais que participaram da operação. Quero as oitivas o mais rápido possível”, afirma o titular da Denar, delegado Rodrigo Yassaka.

As solicitações para ouvir os policiais serão encaminhadas aos delegados do Garras e DEH. A princípio, o caso é investigado como suicídio. O homem teria se enforcado com uma calça jeans.

A família do preso deve vir de Caracol, onde ele morava, para pedir explicações. Guilherme era dono de uma vidraçaria em Caracol e, segundo a família, veio à Capital de passagem. A previsão dos familiares era ir ao Garras nesta terça-feira (dia 31).

De acordo com o titular do Garras, delegado Edilson dos Santos Silva, os familiares não compareceram à delegacia no período da manhã. Segundo Edilson, o preso estava sozinho na cela e não há sistema de monitoramento por vídeo no local. Hoje, a reportagem não conseguiu contato com a família.

Duplo homicídio - O Campo Grande News apurou que Guilherme foi preso na investigação sobre duplo homicídio ocorrido em Bela Vista, a 322 km de Campo Grande. No dia 21 de abril, os corpos do policial civil Anderson Celin Gonçalves da Silva e do pistoleiro Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o Betão, foram encontrados carbonizados na carroceria de uma caminhonete.

Guilherme foi preso em um hotel na Capital. Durante a prisão, ele não quis fornecer nenhuma informação sobre o crime. O preso alegou que se falasse alguma coisa colocaria sua vida e da família em risco.

Na semana passada, equipes do Garras e da DEH foram a Bela Vista para prender os envolvidos nas mortes do policial e Betão. A informação extraoficial é de que um homem foi preso.

Outro alvo era Oscar Ferreira Neto, que mora em Caracol. Ele teve a prisão preventiva decretada, mas até a última quinta-feira (dia 26) não tinha sido localizado. Durante a busca, quem acabou preso foi o vereador Eyde Jesus Rodrigues Leite (PSL), pai de Oscar. O motivo da prisão foi porte ilegal de arma. O vereador obteve liberdade após pagar fiança.

A suspeita é que Betão e Anderson foram a Bela Vista para receber uma dívida. Servidor da Secretaria Estadual de Fazenda, Betão era considerado um dos maiores pistoleiros de Mato Grosso do Sul.

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