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Capital

Depois de 8 furtos, associação instala faixa pedindo aviso prévio aos ladrões

Associação dos Ostomizados de Mato Grosso do Sul perdeu R$ 60 mil em mercadorias furtadas apenas neste ano

Aletheya Alves | 27/10/2020 19:05
Faixa instalada no portão da associação pede aviso prévio aos ladrões. (Foto: Kísie Ainoã)
Faixa instalada no portão da associação pede aviso prévio aos ladrões. (Foto: Kísie Ainoã)

Já sem esperanças depois de oito boletins de ocorrência registrados desde 2015, responsáveis pela AOMS (Associação dos Ostomizados de Mato Grosso do Sul) instalaram uma faixa no portão pedindo aviso prévio aos ladrões. A mensagem em destaque diz “Sr. Ladrão, venho novamente pedir, ligue antes para evitar maiores prejuízos” no bairro Vilas Boas.

Apenas em 2020 a associação já perdeu R$ 60 mil em mercadorias furtadas, conforme explica a vice-presidente Lana Flores da Costa, de 58 anos. “Nessa leva de mercadorias em abril, derrubaram até o nosso portão para entrar. Gastamos cerca de R$ 8 mil em segurança”, disse.

Ela conta que os furtos começaram em 2015, quando o prédio da sede começou a ser construído. Na época, até motor de betoneira foi levado, “material de pedreiro, serra elétrica, cimento, tudo o que você imaginar”. Tentando controlar a situação, a primeira faixa foi instalada pedindo que os criminosos não voltassem.

A vice-presidente relata que os furtos retornaram em 2018 e desde então continuam sem parar. “Em abril levaram televisão, 150 celulares, caixas fechadas de perfume, sacos com mantas, controle de videogame. A gente tinha reservado esses objetos para vender durante 2020 e conseguir pagar as despesas da associação”.

Nem mesmo as oito câmaras instaladas, cerca elétrica, concertina, grades e diversas travas conseguiram inibir a vontade dos ladrões de retornar mais uma vez na última quinta-feira (22). Lana explica que quatro homens tentaram invadir novamente a associação, mas não tiveram sucesso.

Cerca de R$ 8 mil foram gastos em segurança para tentar controlar furtos. (Foto: Kísie Ainoã)
Cerca de R$ 8 mil foram gastos em segurança para tentar controlar furtos. (Foto: Kísie Ainoã)

O portão tem várias travas e chaves necessárias para abrir. Eles tentaram chutar e não conseguiram, aí tentaram abrir com uma chave, mas os sensores foram acionados e se assustaram com o alarme.

Além da dor de cabeça com os valores, a vice-presidente diz que o incômodo também vem com a bagunça que os ladrões costumam deixar. “Eles derrubam tudo, pegam gaveta e jogam por todos os lados. Dá raiva porque precisamos de voluntários para arrumar e é muito difícil. Dessa vez colocamos na faixa para ligar e nos prepararmos, invés de deixar tanta bagunça”.

Agora, o bazar da associação vem sendo deixado mais em silêncio para tentar diminuir os furtos. “Não vamos mais anunciar o que temos porque dá medo. Caso a pessoa queira ajudar, ela precisa vir até aqui e comprar, é o que estamos tentando fazer para melhorar”.

Fixo, o bazar funciona de segunda até sexta-feira na Avenida Gabriel del Pino, número 1065, entre 7h e 14h.

Portas e janelas são protegidas com grades. (Foto: Kísie Ainoã)
Portas e janelas são protegidas com grades. (Foto: Kísie Ainoã)


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