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Capital

Depois de crime, Itamara não tirava o dedo do gatilho e quis se matar

Osvaldo Júnior e Bruna Kaspary | 03/10/2017 15:23
Audiência do caso Itamara, realizada nesta tarde de terça-feira (Foto: Bruna Kaspari)
Audiência do caso Itamara, realizada nesta tarde de terça-feira (Foto: Bruna Kaspari)

Transtornada, a tenente-coronel da PM (Polícia Militar), Itamara Romeiro Nogueira, quis se matar depois de atirar contra o marido, o major também da PM, Valdeni Lopes Nogueira, 45 anos. A afirmação é do tenente-coronel, Mário Ângelo Ajala, que foi ouvido na audiência desta terça-feira (03), na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.

De acordo com ele, Itamara, que matou o marido há um ano e três meses, em residência do casal no bairro Santo Antônio, em Campo Grande, estava muito abalada depois do crime.

Depois que a vítima foi encaminhada à Santa Casa e os bombeiros deixaram o local, Itamara, desesperada, dizia que ia se matar, conforme contou Mário Ângelo. “Ela estava o tempo todo com o dedo no gatilho”, relatou.

Só com súplicas, a tenente entregou a arma. “Eu me ajoelhei, pedi pelo amor de Deus. Disse ‘vou me levantar’. Só aí que ela me entregou a arma”, narrou.

A testemunha contou, ainda, que Itamara demostrava preocupação com o estado do marido depois de ele ser levado ao hospital. “Ela se desesperava para ir à Santa Casa e ver como estava o Val”, afirmou.

Comportamento – A natureza, supostamente violenta, da vítima também foi salientada pela testemunha. No dia do crime, o major teria agredido Itamara da cozinha à sala da casa, segundo o relato de Mário Ângelo.

Valdeni também teria intenção de atirar na mulher. “Ele falou: ‘se você não vai entender desse jeito, vou te fazer entender de outro jeito’. E saiu em direção do carro. Eu encontrei depois a arma dele no carro”, contou a testemunha.

Ainda em menção ao comportamento de Valdeni, o tenente-coronel contou que ele agia como solteiro e era muito nervoso. “Ele se posicionava como solteiro até no Facebook dele”, exemplificou. Era um cara meio nervoso quando contrariado", acrescentou.

Além de Mário Ângelo, há outras três testemunhas de defesa na audiência. 

Ausente – Ontem (dia 2), o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara, deferiu o pedido da defesa para não acompanhar a audiência desta terça-feira. O magistrado cita que o direito de presença é renunciável e os depoimentos serão acompanhados pelo advogado.

No pedido, o advogado José Roberto Rodrigues da Rosa afirma que Itamara é servidora pública estadual de alta patente, lotada na Assessoria Militar do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Groso do Sul) e faz forte tratamento psicológico.

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