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Capital

Após levantamento, Semadur faz remoção de árvore com risco de cair

Nyelder Rodrigues e Anahi Gurgel | 26/03/2017 19:27
Árvore foi retirada após levantamento constatar risco de queda (Fotos: Marcos Ermínio)
Árvore foi retirada após levantamento constatar risco de queda (Fotos: Marcos Ermínio)
Bióloga da Semadur explica que levantamento em Campo Grande foi baseado em pesquisa feita pela Esalq em Belo Horizonte
Bióloga da Semadur explica que levantamento em Campo Grande foi baseado em pesquisa feita pela Esalq em Belo Horizonte

A Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) realizou em Campo Grande um levantamento sobre as figueiras e ingazeiros localizados nas avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, identificando várias situações, inclusive a necessidade de remoção, como aconteceu com uma árvore, retira neste domingo (26).

O local da remoção foi em frente à Escola Estadual Joaquim Murtinho, na avenida Afonso Pena. A retirada da figueira aconteceu durante a manhã, sendo necessário interditar a pista no sentido Aeroporto, entre as ruas Pedro Celestino e Rui Barbosa.

A figueira tinha aproximadamente 16 metros e, estima-se, foi plantada em 1930. "A remoção é reflexo da falta de cuidados contínuos. Chega um momento que não tem muita alternativa, como é o caso dessa árvore", revela o chefe da Semadur, José Marcos da Fonseca, que complementa.

"Com relação as outras espécies de árvores, vamos fazer um trabalho preventivo para a recuperação do maior número possível. Com base em laudos técnicos vamos identificar as melhores medidas para ter o manejo adequado e lutar pela sobrevivência dessas árvores", conta Fonseca sobre o trabalho que será feito.

O estudo feito em Campo Grande tem como base um trabalho da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP (Universidade de São Paulo), que mapeou e identificou problemas com as árvores de Belo Horizonte (MG).

"Lá [Belo Horizonte] foram detectadas pragas como a mosca branca e dois tipos de fungos", conta a bióloga e agente fiscal da Semadur, Karina Sandin. A pesquisa da Esalq foi feita com as mesmas espécies do estudo campo-grandense.

Apesar do canteiro central da Afonso Pena ser patrimônio tombado e não poder sofrer alterações, a retirada de árvore está prevista caso seja comprovada sua necessidade urgente, já que oferecem riscos de acidentes. Nela, foi constatada a infestação de diversas pragas, necroses no colo, fuste e ramos.

O gerente de fiscalização de Áreas Verdes da Semadur, Orcival Simões Junior, comenta que muitos motivos levaram a morte das árvores, com perda de massa folear, por exemplo. "Uma delas é a compactação do solo, porque isso dificulta a absorção pela árvore de sais mineiras e nutrientes. Outras causas são a poluição e o estresse urbano".

Ainda segundo a secretaria, a última vez que a figueira em frente ao Joaquim Murtinho recebeu tratamento foi há quatro anos. No lugar da árvore retirada, será plantada outra muda da mesma espécie.

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