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Capital

Desfile de caminhões custa caro ao asfalto e leva perigo à Duque de Caxias

“O fluxo de veículos é grande e a avenida precisa de melhorias”, diz caminhoneiro

Por Aline dos Santos e Antonio Bispo | 25/10/2023 12:40
Rodas de carros "encaixadas" em ondulação do asfalto da Avenida Duque de Caxias. (Foto: Henrique Kawaminami)
Rodas de carros "encaixadas" em ondulação do asfalto da Avenida Duque de Caxias. (Foto: Henrique Kawaminami)

O desfile de caminhões-tanques, carretas de empresas de logística e caminhões com botijão de gás tem custado caro ao asfalto da Avenida Duque de Caxias. A via é a principal entrada de Campo Grande para quem vem de Corumbá, Miranda, Aquidauana e Terenos.

O pavimento cedeu diante do peso de toneladas e fez surgir ondulações, no sentido Indubrasil ao Aeroporto Internacional, após a rotatória do Bairro Nova Campo Grande. Os carros, caminhões e motocicletas se encaixam na depressão formada no asfalto para seguirem viagem.

A Duque de Caxias se encontra com a BR-262, de onde vem o fluxo de caminhões carregados com minério, oriundos de Corumbá. Mas a reportagem verificou que os veículos das mineradoras não entram no perímetro urbano, desviando à direita e seguindo pelo anel viário.

O condutor de um caminhão-tanque, que não quis se identificar, afirma que o veículo não pode desviar da cidade, pois leva o combustível da distribuidora até os postos espalhados pela malha urbana. O caminhão levava carga de três mil litros de combustível.

Motocicleta na Avenida Duque de Caxias, na manhã desta 4ª feira. (Foto: Henrique Kawaminami)
Motocicleta na Avenida Duque de Caxias, na manhã desta 4ª feira. (Foto: Henrique Kawaminami)

“Essa entrada está muito ruim em relação às outras entradas de Campo Grande. É um problema antigo que até hoje não foi resolvido. Como a distribuidora fica na Duque de Caxias, não tem como fazer o desvio. O fluxo de caminhões  é grande e a avenida precisa de melhorias”, diz o caminhoneiro.

Perto dos problemas da via, moradores e comerciantes nem se aninam a reclamar. Simplesmente apontam que o problema é antigo e já estão descrentes de uma solução.

“Isso é problema antigo, esses facões existem há muitos anos no asfalto e ninguém resolveu. Já estamos acostumados com essa situação”, diz comerciante, que não quis se identificar.

Caminhão circula pela Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Caminhão circula pela Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

A reportagem avistou uma equipe da prefeitura na Duque de Caxias, a dois quilômetros do trecho com ondulação no asfalto. Trabalhadores e máquinas executavam serviço compatível com tapa-buracos, com recorte de retângulos no pavimento.

Ontem, moradores reclamaram que as máquinas estavam paradas há duas semanas na Avenida Duque de Caxias. Em agosto, a prefeitura contratou empresa para executar o recapeamento de um trecho de 9,3 km entre o Aeroporto Internacional de Campo Grande até o bairro Núcleo Industrial com custos de R$ 16,5 milhões.

Ainda na terça-feira, a administração municipal informou que a obra está em andamento, com execução de remendos profundos e remendos superficiais, para posterior recapeamento dos trechos.

Questionada sobre a situação da via, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) justifica que está executando o recapeamento da Avenida Duque de Caxias no sentido Indubrasil/Aeroporto de Campo Grande. Já foi feito um trecho de recapeamento próximo ao viaduto.

Nos locais onde estão sendo executados os serviços é interditada uma das pistas, para não atrapalhar o trânsito e garantir a segurança dos usuários e operários. No sentido Aeroporto a Indubrasil a obra será executada pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).

Matéria editada para acréscimo de informação da prefeitura.

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