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Capital

Divergências travam tombamento de canteiro da Afonso Pena

Aline dos Santos | 21/01/2011 10:51
 Divergências travam tombamento de canteiro da Afonso Pena

Em curso desde 2009, o processo de tombamento do canteiro central da avenida Afonso Pena, principal via de Campo Grande, prossegue sem prazo para conclusão.

De um lado, uma comissão de peritos (composta por representantes de secretarias municipais) propõe que somente trechos da avenida sejam alçados à condição de patrimônio.

Do outro, relatório do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) pede o tombamento de toda a via, que se estende da avenida Duque de Caxias até o Parque dos Poderes.

“São versões diferentes. Para os peritos, esse tombamento não deveria ser totalitário. Mas de acordo com momentos históricos. É complicado porque é a artéria central da cidade”, afirma o presidente da Fundac (Fundação Municipal de Cultura), Roberto Figueiredo.

Para a perícia, a proteção do tombo – que impede destruição ou mutilação sem autorização prévia – ficaria restrito a pontos como o Obelisco e árvores centenárias.

Já o Planurb pede, inclusive, o tombamento de áreas verde no entorno, como o Parque das Nações Indígenas. Neste caso, qualquer obra no local necessitaria de aval da Fundac.

Ambos os relatórios serão apreciados pelo Conselho de Cultura no mês de março. De acordo com o presidente da Fundac, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB), a quem cabe a palavra final, também já recebeu os documentos. O conselho, formado por 16 pessoas, pode optar por um dos relatórios ou também solicitar um novo estudo.

Quando for aprovado o tombamento definitivo, a decisão do Conselho de Cultura segue para o prefeito, que pode homologar ou não. Enquanto não há decisão final, o canteiro não pode passar por obras.

Verde - O processo para salvaguardar o canteiro central da avenida foi proposto pelo MPE (Ministério Público Estadual) para evitar que a prefeitura transformasse o canteiro em faixas de rolamento ou em caminho para ônibus, por meio do sistema VLP (Veículo Leve sobre Pneu).

Na ocasião, a prefeitura informou que não tinha intenção de acabar com o canteiro. Apesar de ser a via mais representativa de Campo Grande, com diversos pontos históricos, como o Círculo Militar, a Igreja Perpétuo Socorro e a Morada dos Baís, o pedido de tombamento enfoca a preservação das áreas verdes do canteiro.

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