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Capital

Dono de borracharia passa noite em claro e reconstrói muro com as próprias mãos

Morador ao lado, ele conta que estava em seu quarto quando ouviu o barulho do acidente

Lucia Morel e Alana Portela | 02/05/2021 12:52
José Carlos consertando o muro de sua borracharia. (Foto: Paulo Francis)
José Carlos consertando o muro de sua borracharia. (Foto: Paulo Francis)

Dono da borracharia atingida por carro desgovernado ontem à noite na avenida Ernesto Geisel, José Carlos Holanda, de 53 anos, passou a noite em claro para que o prejuízo ao seu estabelecimento, cuja fachada foi totalmente destruída, não fosse ainda maior.

Com medo de que suas mercadorias – pneus e outros – fossem roubados, ele ficou de vigia no local até conseguir alguns tijolos para tentar reconstruir, no “básico”, a parte da frente do comércio. Morador ao lado, ele conta que estava em seu quarto quando ouviu o barulho do acidente. “Quando saí, a polícia e o socorro já estavam lá. Foi quando vi o meu prejuízo também”, lembra.



Como o portão e o muro caíram e ainda o pilar está “por um fio”, os produtos ficaram expostos e como a região é conhecida por ser trânsito de usuários de drogas, ele achou melhor perder a noite de sono e ficar de guarda. “A região aqui tem muitos usuários de drogas, fiquei de vigia pra não roubarem meus pneus”, contou.

Ele conseguiu tijolos, cimento e areia com amigos e está reconstruindo, por conta própria, a fachada da borracharia. “Eu não sou profissional, mas vou improvisar pra não passar mais uma noite sem dormir. Consigo fazer o básico”, comentou.

Ele espera ajuda de familiares das vítimas, o que considera uma questão de "justiça". (Foto: Paulo Francis)
Ele espera ajuda de familiares das vítimas, o que considera uma questão de "justiça". (Foto: Paulo Francis)

Ele lamentou o acidente, avaliando que foi imprudência do motorista e que aguarda contato de familiares das vítimas para que ajudem na recuperação do seu estabelecimento. “É uma questão de justiça né? Fico preocupado com as pessoas do carro, mas tive prejuízo também”, analisa.

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