Donos de bares no Centro publicam nota contra suposta ação de interdição
GCM nega qualquer tipo de repressão e afirma que objetivo é reforçar segurança após caso de violência
Donos de bares da Rua 14 de Julho e da região central de Campo Grande divulgaram uma nota conjunta, neste sábado (23), manifestando apreensão diante de uma suposta operação que teria como alvo a interdição de estabelecimentos e o recolhimento de equipamentos de som. O comunicado, assinado por 12 bares e restaurantes, afirma que os empresários são favoráveis ao cumprimento das leis e da boa convivência no espaço público, mas rejeitam que o setor seja tratado como único responsável pelos problemas da rua.
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Donos de bares no centro de Campo Grande divulgaram nota de preocupação com possível operação de interdição. Os empresários afirmam que apoiam o cumprimento das leis, mas rejeitam ser responsabilizados isoladamente pelos problemas da região. Reivindicam ações contra tráfico de drogas, venda de bebidas a menores e desordem. A Guarda Civil Metropolitana negou a existência de operação para fechar bares ou recolher equipamentos. Segundo o secretário de Segurança, as ações visam reforçar a segurança na região, inclusive a pedido de comerciantes e frequentadores. A Polícia Militar não se manifestou sobre o assunto.
No documento, os comerciantes pedem que o poder público concentre esforços em problemas que afetam diretamente a segurança e a vida noturna, como o tráfico de drogas, venda de bebidas a menores de idade e desordem causada por infratores. Também reivindicam cumprimento equilibrado do projeto do Corredor Gastronômico, policiamento ostensivo e melhorias de infraestrutura, como banheiros públicos e organização dos espaços coletivos.
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“Queremos trabalhar em parceria com o poder público para construir soluções que promovam segurança, responsabilidade e qualidade de vida para todos. Não aceitamos, porém, que o setor seja tratado como o único responsável pelos problemas da rua. Acreditamos que o caminho seja o diálogo, não a repressão seletiva”, diz trecho da nota, assinada por estabelecimentos como Copo Bar, Pizza Pub, Fumaça Fina, Bar da Prosa, 67 Bar, Má Donna, Blefe, Bar da 14, Adega do Boy, Mistura Bar, Meu Buteco e Vizú Ateliê Bar. (veja a nota completa abaixo)
Procurada pela reportagem, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) negou que exista qualquer operação programada para fechar bares ou recolher equipamentos na região central. Segundo o secretário especial de Segurança e Defesa Social, Anderson Gonzaga, as ações em andamento têm como foco o reforço da segurança pública, inclusive por solicitação de comerciantes, trabalhadores e frequentadores.
“Não iremos mexer com bares. Pelo contrário, iremos manter a segurança inclusive para frequentadores desses locais, pela própria solicitação deles através de vereadores e pelo fato ocorrido da agressão na Estação Ferroviária”, afirmou Gonzaga, em referência ao caso registrado no último fim de semana, quando um jovem foi agredido após beijar o companheiro na Esplanada Ferroviária.
Na sexta-feira (22), a GCM já havia realizado ações em pontos do centro conhecidos pelo consumo e tráfico de drogas. “Estamos reforçando a segurança e trazendo mais tranquilidade para a população e para os frequentadores desses locais”, acrescentou o secretário.
A reportagem também procurou a Polícia Militar para confirmar se há alguma ação programada na Rua 14 de Julho ou na região central neste sábado (23). Até a publicação da matéria, não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação da corporação.