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Capital

Duas décadas depois, audiência sobre sumiço de dinheiro da UCE é marcada

O réu é ex-presidente da entidade e desapareceu junto com o dinheiro, mas teve prisão decretada.

Ricardo Campos Jr. | 08/05/2018 12:57
Ginásio que foi da UCE hoje pertence ao Sesc. (Foto: Arquivo/Sesc)
Ginásio que foi da UCE hoje pertence ao Sesc. (Foto: Arquivo/Sesc)

A Justiça agendou para o dia 13 de setembro o julgamento do emblemático desvio de R$ 698 mil que pertenciam à UCE (União Campo-grandense de Estudantes). O crime, que beirou o esquecimento, foi cometido há 21 anos. O principal suspeito é o ex-presidente da entidade, Martin Areco Neco, que sumiu do mapa junto com o dinheiro e está com prisão preventiva decretada. O valor atualizado passa de R$ 2,5 milhões.

Segundo informações do processo, em 1996 o Governo Estadual resolveu cobrar uma dívida de R$ 27.336,96 que tinha junto ao diretório. Para levantar o valor, o prédio que pertencia à UCE foi leiloado. Hoje, no local funciona o Sesc.

O imóvel foi arrematado por um valor maior em torno de R$ 725 mil, que foram depositados em juízo. O poder público então pegou o que lhe pertencia e o restante deveria ter sido devolvido à UCE. Os R$ 698 mil, atualizados conforme o INPC (Indice Nacional de Preços ao Consumidor), medido pelo IBGE, equivalem a mais de R$ 2,5 milhões.

Inquérito policial aberto na época, apontou que Areco embolsou a quantia e fugiu. Desde que o processo foi aberto, nenhum oficial de Justiça conseguiu localizá-lo. O MPE (Ministério Público) pediu que a prisão dele fosse decretada para garantir o cumprimento da lei, mas o magistrado de primeira instância negou o pedido.

Como ninguém conseguia achar Areco, o processo foi suspenso até que a promotoria conseguiu dois novos possíveis endereços do réu, o que destravou o caso, nessa época já nãos mãos da juíza Eucélia Moreira Cassal.

A magistrada, porém, também negou pedido de prisão e desta vez o Ministério Público Estadual recorreu e o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) autorizou a detenção.

Foi então que Areco, embora não tenha aparecido ainda, se manifestou por meio de dois advogados. Os defensores pediram para que o caso, até então tratado como peculato, fosse alterado para apropriação indébita, já que a presidência da UCE não configura cargo público.

Eles também pediram que a prisão fosse revogada, mas Eucélia rejeitou a solicitação, manteve a preventiva e agendou a audiência.

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