"É como se eu revivesse o momento toda hora", diz mulher atacada em parque
Segundo a vítima, suspeito estava bem vestido e não aparentava estar sob efeito de álcool ou drogas
"Não consegui dormir. É como se eu revivesse o momento toda hora". Essas são as palavras da secretária executiva de 40 anos, atacada por um homem na noite de ontem (29) enquanto caminhava em volta do Parque do Sóter, na Vila Margarida, em Campo Grande. O criminoso tentou enforcá-la com pedaço de fio elétrico.
Ao Campo Grande, a secretária relatou que pratica caminhada e corrida no local com certa frequência e que nunca viu o suspeito por lá. Ontem, por volta das 19h30, já na última volta, percebeu que um homem seguia logo atrás e estava se aproximando.
''Percebi alguém mais próximo, bem atrás de mim. Como ele estava com roupa de caminhada, não me importei muito. Ele foi se aproximando, achei que fosse me passar, mas nunca passava. Quando já estava perto da Via Parque ele enrolou o fio no meu pescoço e me arrastou", contou.
Segundo a mulher, ela virou de frente para o suspeito, tentando se soltar, quando foi ameaçada: "Fica quietinha, só vou matar você", disse o homem.
"Consegui soltar um pouco o fio do pescoço e gritei por socorro. Um motociclista que passava pelo local desacelerou e mandou ele me largar", lembrou. O homem correu, foi perseguido pela testemunha, mas conseguiu fugir por uma área de mata.
Devido ao susto e tudo ter acontecido muito rápido, a secretária conta que as únicas características do autor que se lembra é da barba grande e do cabelo enrolado. ''Parecia uma pessoa comum, estava até bem vestido", relatou. Ainda segundo ela, o homem não aparentava estar sob efeito de álcool ou drogas.
Para a secretária, ela foi um alvo escolhido na hora. ''Não faço caminhada diariamente e no mesmo horário. Acho que ele saiu com a intenção de fazer isso com qualquer pessoa", disse.
Com medo e ainda em estado choque, a vítima não conseguiu dormir. ''É como se eu revivesse o momento toda hora. Meu sentimento é de gratidão a Deus por estar viva, por não ter acontecido algo mais grave e por aquele motociclista ter passado", disse.
Horas após o ataque, o fio usado pelo bandido foi encontrado na região. Ele foi entregue na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.
