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Capital

Em fazenda onde cavalo morreu de fome, polícia acha 5 cães sem ração há 7 meses

Caso chegou à Decat por denúncia anônima de maus-tratos com direito a foto de animal morto por enforcamento

Anahi Zurutuza | 08/12/2021 19:19
Cavalo encontrado morto na fazenda (Foto: Decat/Divulgação)
Cavalo encontrado morto na fazenda (Foto: Decat/Divulgação)

Policiais da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) encontraram cinco cães desnutridos e cavalo morto em fazenda na BR-163, abandonada há pelo menos 7 meses.

O caso chegou à delegacia por denúncia anônima de maus-tratos com direito a foto de animal morto por enforcamento. Na imagem, o bicho aparece acorrentado pelo pescoço e deduz-se que tentou pula janela, por isso morreu asfixiado, mas a situação não foi constatada no local.

A carcaça de um cavalo foi encontrada no pasto, com sinais de que o equino morreu de inanição, mas havia no local outros animais pastando que estavam aparentemente bem.
“Com as últimas chuvas, o pasto cresceu. Então, alimento eles têm”, explicou o delegado Maércio Alves, titular da Decat.

Os cães, dois deles da raça foxhound-americano, foram levados para a sede de ONG (Organização Não-Governamental) de Campo Grande. Durante o resgate, um dos cachorros de raça, visivelmente magro, se deliciou com bandeja cheia de ração.


Ainda de acordo com o delegado, conforme apurado no local, há sete meses o dono da fazenda, que tem 120 hectares, não aparece com medicamentos e ração para os animais. Por falta de pagamentos, a luz da propriedade foi cortada, o que dificulta também o bombeamento de água para os bichos e para a casa onde vivia o caseiro. O funcionário está sem receber salário e dependia de doações dos vizinhos para sobreviver. Há alguns dias, o homem conseguiu trabalho em sítio de Anhanduí e se mudou, deixando os animais para trás.

Segundo o titular da Decat, inquérito foi instaurado e o dono da fazenda será chamado para depor na próxima semana. Ele deve ser indiciado por maus-tratos e pode ser punido com pena de 3 meses a 5 anos de prisão

“Importante é que os animais foram resgatados, mas esse pecuarista terá de mudar a conduta dele. Pelo menos que venda os animais, se vai abandonar a propriedade”, afirmou o delegado.

O fazendeiro foi identificado como morador de condomínio de luxo da Capital.

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