ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Em júri, um dos acusados de matar jovem diz que está arrependido e virou pastor

Três primos são acusados de espancar até a morte Dener de Oliveira Gomes, em maio de 2019

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 11/11/2021 12:00
Da esquerda para a direita, Dário, Lucas e Marcos. (Foto: Marcos Maluf)
Da esquerda para a direita, Dário, Lucas e Marcos. (Foto: Marcos Maluf)

“Eu era alcoólatra e agora sou pastor da unidade [prisional]”, disse Marcos André Malheiros da Silva, conhecido como Jecão, 39 anos, na manhã desta quinta-feira (11), durante julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri.

Ele e os dois primos, Dário Demétrio dos Santos Anastácio, o Darim, 28 anos, e Lucas dos Santos Batista, o Neguinho, 32 anos, são julgados desde as 8h pela morte de Dener de Oliveira Gomes, 23 anos.

O jovem foi espancado e estrangulado na noite do dia 18 de maio 2019, na Rua Youssif Abdulahad, na região da Vila Nasser, em Campo Grande. “Estou muito arrependido, quero pedir perdão para a família do Dener”, disse Marcos, que foi o primeiro a falar depois das testemunhas.

Consta na denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que o trio iniciou discussão com a vítima porque o irmão de Dener teria entregado Lucas à polícia e por esse motivo, o réu foi preso. Os três também acusavam a vítima de manter relacionamento extraconjugal com a ex-mulher de Lucas, enquanto este último estava encarcerado.

Depoimento - Segundo Marcos, não tinha motivos para matar Dener e foi Lucas quem começou a espancar a vítima. "Quando vi, estava todo mundo envolvido. Estou muito arrependido. Não estou aqui com remorso, porque remorso não libera perdão. Estou arrependido”, afirmou.

O crime aconteceu na casa de Dário e o corpo de Dener foi encontrado no dia seguinte, abandonado em terreno na Rua Cambuí. Marcos continua o depoimento dizendo que na hora da pancadaria, a casa ficou sem luz por 5 minutos, porque a vítima tropeçou no fio.

“Era uma gambiarra e na confusão, o fio desemendou. Quando a energia foi restabelecida, Dener já estava no chão, de bruços, parecia que tinha desmaiado, porque não tinha sangue. Lucas estava com um cabo branco nas mãos, ao lado de Dener”, contou.

Segundo Dário, durante a sessão de espancamento, que aconteceu na cozinha, a esposa dele estava com os filhos em um dos quartos. Lucas será ouvido nas próximas horas. O trio foi denunciado por homicídio qualificado e o resultado do julgamento será divulgado no período da tarde. Eles estão presos desde quando cometeram o crime.

Conforme a denúncia, “os acusados, em conluio e unidade de desígnios, bem como em razão do grau de parentesco que os ligam iniciaram agressões contra a vítima, de modo a desferir chutes e pisões, bem como, utilizaram-se de uma enxada para atingir Dener e, por fim, Lucas se utilizou de um fio elétrico para estrangular o ofendido”.

Nos siga no Google Notícias