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Capital

Frequentadores faziam de conveniência no Coophamat terra sem lei

Fabiano Arruda | 23/01/2011 15:59

Moradores afirmaram presenciar cenas de sexo e consumo de entorpecentes

Policiais militares fizeram batida em conveniência na madrugada deste domingo (Foto: João Garrigó)
Policiais militares fizeram batida em conveniência na madrugada deste domingo (Foto: João Garrigó)

Som alto, bebidas alcoólicas, adolescentes dançando e até algumas crianças em meio a mais de 200 pessoas. Tudo faz parte da cena vista durante a madrugada na conveniência Jarrão, que fica no cruzamento da Rua Guararapes com a Avenida Marechal Deodoro, no bairro Coophamat, em Campo Grande.

Lá, na manhã deste domingo, Leonardo da Silva Oliveira, de 24 anos, foi morto a tiros. Para alguns vizinhos, a tragédia era anunciada.

Além da "bagunça", os moradores do bairro também afirmaram presenciar cenas de sexo e consumo de entorpecentes, o que passou a fazer fazer parte da rotina na madrugada do bairro, na saída para Sidrolândia.

Adolescentes são revistados na Conveniência Jarrão
Adolescentes são revistados na Conveniência Jarrão

Para se ter ideia da proporção que o “point” tomou, testemunhas relataram que, na sexta-feira, por volta das 6h30, ainda era possível ver uma mulher se exibindo, dançando sob a carroceria de uma caminhonete.

A reportagem do Campo Grande News passou mais de uma hora no local, na madrugada deste domingo, horas antes do assassinato de Leonardo.

Por volta das 2 horas, a multidão se aglomerava em frente à conveniência e o movimento tinha tudo para aumentar madrugada à dentro. Cerca de 30 carros estacionados nas proximidades e pelo menos cinco deles, com sons potentes, faziam uma disputa para ditar o ritmo do que parecia uma rave pública.

Adolescentes eram o centro das atenções, com roupas curtas e danças insinuantes. Enquanto a conveniência tinha fila para venda de cerveja, outros jovens transitavam com litros de vodka e uísque.

Ao mesmo tempo, carros circulavam no local, acelerando alto, e motociclistas eram vistos sem capacete. Alguns deles, menores de idade.

Na fila do estabelecimento, um rapaz nos confessa. “A Polícia veio aqui na quinta-feira, com bomba (de efeito moral) e tudo e o pessoal nem ligou. Na sexta voltou tudo de novo. Aqui ferve mesmo”, disse, entusiasmado com o movimento.

Justamente nesta madrugada, policiais militares da Cavalaria e de Trânsito faziam o policiamento da região num posto de combustíveis no trevo Imbirussu. No entanto, cerca de 500 metros à frente, a multidão da conveniência ignorava a hipótese de que a Polícia acabaria com a festa.

Em ação - Por volta das 2h30, a Polícia Militar agiu. Boa parte da multidão se dispersou. A operação do 1º Batalhão, que contou ainda com apoio de militares do 10º, promoveu a “batida”. Na Rua Guararapes, na conveniência e nas duas pistas da Marechal Deodoro, homens e mulheres foram colocados com as mãos nas paredes para a revista.

Segundo os policiais, há pelo menos três finais de semana, moradores da região fazem reclamações pelo 190, principalmente, por conta do barulho.

A PM afirmou à nossa reportagem que a fiscalização no local será cada vez mais constante e que os autuados serão encaminhados ao Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga.

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