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Capital

Em presídio feminino, presas fazem buracos nas paredes para “ligar” celas

O caso aconteceu por dois dias seguidos. Quatro internas foram identificadas como autoras do crime e levadas para a delegacia

Geisy Garnes | 13/02/2020 17:19
O Estabelecimento Penal Feminino "Irmã Irma Zorzi" fica no Bairro Coronel Antonino (Foto: Arquivo)
O Estabelecimento Penal Feminino "Irmã Irma Zorzi" fica no Bairro Coronel Antonino (Foto: Arquivo)

Agentes penitenciários descobriram buracos nas paredes interligando pelo menos quatro celas do Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, por dois dias consecutivos. A intenção, segundo boletim de ocorrência, era facilitara a comunicação e o contato entre as presas.

Segundo o boletim de ocorrência, o caso foi descoberto na terça-feira, 11 de fevereiro. Os buracos nas paredes “ligavam” as celas 4, 5 e 6. Durante o flagrante, Carine Pires Tatto, de 30 anos, confessou ser a responsável por ligar as celas cinco e seis e Veridiana Nazi da Veiga, também com 30 anos, as celas quatro e cinco.

As internas foram retiradas e os buracos tampados com concreto. Nesta quarta-feira, 12 de fevereiro, os agentes voltaram a fiscalizar a unidade e encontraram os buracos abertos novamente. Além dos três anteriores, um novo havia sido feito na parede entre as celas três e quatro.

Ana Carolina Ferreira Feliciano e Nataly Cristina Almeida Guedes, de 29 e 19 anos, assumiram a autoria do crime. As quatro foram levadas para a 2ª Delegacia de Polícia Civil, onde o caso foi registrado como desobediência.

Conforme apurado pela reportagem, essa não é a primeira vez que Carine Pires é flagrada cometendo crimes dentro do presídio. Em agosto do ano passado, ela colocou porções de maconha dentro de um tubo de pasta de dente e tentou enviar para outra interna, que estava regime disciplinar diferenciado e receberia produtos de higiene pessoal e mudas de roupa.

Carine já foi condenada por falsidade ideológica e tráfico de drogas, uma pena de cinco anos e 10 meses. Além de várias passagens pelo crime, ela chegou a fugir da prisão depois de regredir de regime e foi recapturada em março de 2019.

Veridiana tem passagens por roubo e furto. Em abril de 2014 usou uma faca para render um jovem no centro de Corumbá – cidade a 416 quilômetros de Campo Grande – e roubar um celular e uma mochila. Pelo crime foi condenada por um ano e nove meses.

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