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Capital

Em protesto, 200 motoristas de aplicativos param em Campo Grande

Profissionais em manifestação na Capital exigem série de mudanças

Osvaldo Júnior e Anahi Gurgel | 03/01/2018 17:05
Grupo de motoristas durante protesto na Capital (Foto: Marcos Ermínio)
Grupo de motoristas durante protesto na Capital (Foto: Marcos Ermínio)

Cerca de 200 motoristas de aplicativos de Campo Grande estão off-line, ou seja, indisponíveis para realizar corridas. O número corresponde a 10% dos profissionais da Capital. Eles cruzaram os braços em protesto às empresas, de modo especial, à Uber, e reivindicam série de mudanças relativas a preços, repasses e sistema de avaliação.

Dos 200 motoristas – que são, além da Uber, dos aplicativos 99 Pop e K-rona –, aproximadamente 50 fazem manifestação na tarde desta quarta-feira (3) nos altos da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

Um dos pontos reivindicados é a redução do repasse dos motoristas à Uber de 25% para 20%, conforme informou o presidente da Applique/MS (Associação dos Parceiros em Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motoristas Autônomos de Mato Grosso do Sul) Paulo César Pinheiro.

Ele argumenta que em outros aplicativos os repasses são menores. “Desde que a Uber entrou em operação, em 2016, não houve melhorias aos motoristas”, afirmou.

Os profissionais também, reivindicam, conforme Pinheiro, reajustes nos valores do serviço. Conforme a proposta, o preço de partida subiria de R$ 2,5 para R$ 3; do quilômetro rodado de R$ 1,10 para R$ 1,25; e da minutagem, de R$ 0,15 para R$ 0,25.

Os motoristas também pedem mudança no sistema de avaliação, segundo Pinheiro. Ele explica que a nota de suspensão é alta: quem tem nota inferior a 4,6 (na escala de zero a cinco) corre risco de ser suspenso da Uber. “Outro problema é quando o cliente está insatisfeito com a Uber acaba avaliando com nota baixa o motorista”, acrescentou.

O presidente da Applique/MS disse, ainda, que as locadoras deveriam oferecer preços especiais a motoristas de aplicativos. Ele sugere a adoção pelo governo de incetivos a empresas para que reduzam seus valores. “Cerca de 60% dos motoristas alugam veículos”, estimou.

Em Campo Grande há aproximadamente 2 mil motoristas, dos quais 200 estariam off-line. Eles devem permanecer assim até o meio-dia desta quinta-feira (dia 4), de acordo com Pinheiro.

A Uber foi procurada pela reportagem e, na resposta, não tratou diretamente das questões específicas do protesto, mas falou sobre mecanismos que garantem a segurança e privacidade nas viagens. Segue abaixo a nota na íntegra:

"A Uber acredita que as pessoas têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e, além disso, têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Por isso, nenhuma viagem na Uber é anônima e todas são monitoradas por meio de GPS. Isso permite, por exemplo, que nossa equipe especializada possa dar o suporte necessário em caso de incidentes, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário envolvidos e qual o trajeto que foi feito, sempre respeitando a legislação aplicável (em especial o Marco Civil da Internet).

A Uber tem trabalhado em vários produtos específicos para o Brasil. Lançamos, recentemente, uma ferramenta de verificação de identidade que exige que usuários que decidirem fazer o pagamento de suas viagens exclusivamente em dinheiro insiram o número de seu CPF antes de terem acesso ao aplicativo. Além disso, os motoristas parceiros contam com telefone 0800 para relatar emergências e dispõem de seguro APP para acidentes pessoais em todas as viagens pelo aplicativo. A tecnologia da Uber agrega ferramentas importantes que ajudam a trazer segurança para os motoristas e usuários antes, durante e depois de cada viagem realizada por meio da plataforma da Uber".

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