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Capital

Em resposta à celebração, grupo faz manifestação no MPF contra ditadura

Cerca de 200 pessoas participa de ato contra o golpe militar; grupo protocolou documento na OAB e MPE para que se averiguem possíveis crimes de apologia em espaços de uso público

Silvia Frias e Liniker Ribeiro | 01/04/2019 19:03
Manifestantes em frente ao MPF, em protesto contra o golpe militar (Foto: Liniker Ribeiro)
Manifestantes em frente ao MPF, em protesto contra o golpe militar (Foto: Liniker Ribeiro)

Cerca de 200 pessoas foi até a sede MPF (Ministério Público Federal) para protestar contra o golpe militar. Com carro de som e palavras de ordem, o ato é uma resposta às manifestações favoráveis ao regime ditatorial que esteve vigente no Brasil por 21 anos.

A manifestação têm participação de 44 movimentos populares, como o Deuses do Cerrado. Eles gritaram palavras de ordem contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (“Doutor, eu não me engano, o Bolsonaro é miliciano!) e em homenagem a vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro e contra o golpe (Ditadura Nunca Mais!).

Mário César Fonseca da Silva, do comitê Memória, Verdade e Justiça disse que o ato é resposta à apologia aos crimes contra a humanidade, reconhecido pelo Estado brasileiro. “Um presidente quando recomenda comemorar a data, inclusive dentro dos quartéis, é um escárnio”, disse. “Hoje estamos dando resposta, dizendo que ditadura não se comemora, se repudia”.

Os manifestantes protocolaram um documento na OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil) e no MPE (Ministério Público Estadual) para que se averiguem possíveis crimes de apologia em espaços de uso público.

O professor Fausto Matogrosso também esteve no protesto e disse que é importante mostrar à população, principalmente para os jovens o que foi o período da ditadura militar, “o mais triste do Brasil”, segundo ele. “Existem jovens de boa fé que acreditam que a ditadura seja salvação do País, infelizmente é uma realidade que não é conhecida”.

O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) acredita que a manifestação é uma medida preventiva, para que a população tenha conhecimento do que foi o período. “Acredito que o Brasil não vai retroceder a ponto de existir uma ditadura novamente”.

Cartazes foram usados em manifestação (Foto: Liniker Ribeiro)
Cartazes foram usados em manifestação (Foto: Liniker Ribeiro)
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