ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 22º

Capital

Em risco, grávida que tomou Astrazeneca não quer esperar puerpério para 2ª dose

Muitas gestantes que pertenciam a outros grupos contemplados, acabaram tomando a Astrazeneca como 1ª dose

Lucia Morel | 06/07/2021 17:45


Grávida sendo vacinada com a Pfizer, na Capital. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Grávida sendo vacinada com a Pfizer, na Capital. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Com a proibição da aplicação da vacina Oxford/Astrazeneca em gestantes, as que acabaram tomando dessa marca antes do impedimento estão enfrentando um problema. Esperar o nascimento do bebê para poder tomar a segunda dose e ficar desprotegida contra a covid-19 até lá.

A enfermeira Tatiana Bazan, de 34 anos, é um dos casos. Quando ela tomou a primeira dose, a proibição ainda não tinha entrado em vigor, o que ocorreu em 11 de maio. Além disso, ela se vacinou como profissional de saúde no dia 29 de abril. A vacinação oficial de grávidas - sem comorbidades - com a Pfizer em Campo Grande começou em 4 de maio.

Antes disso, gestantes com comorbidades já haviam sido contempladas pela imunização em Mato Grosso do Sul, sendo que cerca de 3.293 mulheres grávidas ou que haviam dado à luz nos últimos 45 dias da primeira dose, receberam Astrazeneca no Estado.

Em Campo Grande, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), mesmo antes da proibição, nenhuma gestante havia recebido dessa vacina, apenas Coronavac. Até que a Pfizer chegou, nos primeiros dias de maio, passando a ser este o principal imunizante desse público.

Cartão de vacinação de Tatiana. (Foto: Arquivo pessoal)
Cartão de vacinação de Tatiana. (Foto: Arquivo pessoal)

“Quando tomei, não tinha ideia de quando ia ter ou mesmo se íamos ter Pfizer aqui, então tomei a que tinha”, comentou, lembrando que avisou, no momento de tomar a primeira dose, de que estava grávida e mesmo assim, o profissional de saúde aplicou Astrazeneca. “Era a única que tinha na ocasião”, lembrou.

Agora, no entanto, conforme determinação do próprio Ministério da Saúde, as grávidas que foram vacinadas com a Astrazeneca, devem esperar o fim do puerpério – 45 dias após o parto – para tomarem a segunda dose. "É muito tempo! E até lá, ficarei desprotegida”, lamenta Tatiana.

Assim como ela, muitas gestantes que pertenciam a outros grupos contemplados, acabaram tomando a Astrazeneca como primeira dose. Entretanto, não há números oficiais, até o momento, sobre isso. “Muitas gestantes que atendem no mesmo médico que eu tomaram”, conta.

A enfermeira Tatiana Bazan. (Foto: Arquivo pessoal)
A enfermeira Tatiana Bazan. (Foto: Arquivo pessoal)

PFIZER – a Prefeitura do Rio de Janeiro (RJ) e o Governo do Ceará, são exemplos no Brasil da mudança de aplicação da Astrazeneca pela Pfizer, como ocorre em outros países. A proibição de uso do imunizante de Oxford nas grávidas, aqui no Brasil, é de 11 de maio.

Recentemente, nessas duas localidades, decisões próprias e independentes do Ministério da Saúde, passaram a adotar a Pfizer como segunda dose às grávidas e puérperas que receberam a primeira de Astrazeneca.

Aqui em Campo Grande, no entanto, ainda não há essa previsão. Segundo a Sesau, espera-se um posicionamento oficial do Ministério da Saúde para fazer a troca da segunda dose e não há sinal de que seja tomada alguma decisão de forma independente para isso.

Nos siga no Google Notícias