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Capital

Empresário executado sofria cobranças de R$ 42 milhões na Justiça

O crime aconteceu na madrugada desta quinta-feira, em frente a casa da vítima, no Jardim Bela Vista

Geisy Garnes | 16/11/2018 18:11
Câmeras de segurança flagraram o crime (Foto: Reprodução)
Câmeras de segurança flagraram o crime (Foto: Reprodução)

O empresário Cláudio da Silva Simeão, de 48 anos - executado a tiros de pistola 9 milímetros na madrugada desta quinta-feira (15) - era cobrado na justiça por dívidas a um sócio, que somadas chegavam a cerca de R$ 42 milhões. Nas duas situações, ele teria passado cheques sem fundo para pagar o homem.

O primeiro caso foi levado à justiça em setembro do ano passado. Na petição o advogado Ricardo Pegolo relata que Cláudio e o cliente possuíam uma sociedade e que o empresário morto devia R$ 2.491.916,90 em títulos de crédito. Para pagar, ele entregou ao filho do sócio um cheque para ser descontado no Banco Bradesco.

No entanto, o cheque foi devolvido com a explicação de que foi “sustado ou revogado em virtude a roubo, furto ou extravio de folhas de cheque em branco”. O processo tramita na 7ª Vara Cível de Competência Residual.

Em novembro uma nova denúncia foi enviada a justiça, dessa vez a cobrança de uma dívida de R$ 39 milhões. Os créditos são originários de contratos da empresa de Cláudio, a MPP (Mineração Pirâmide Participações) com empresas Cifra Vigilância e a Engefort Projeções e Construções.

Um novo cheque foi repassado a família do sócio de Cláudio e mais uma vez foram devolvidos pelo banco por estar sem fundo. O valor da dívida atualizado é de R$ 40.188.500,43. Nesse processo, que tramita na 12ª Vara Cível de Campo Grande, respondem também os sócios do empresário na MPP.

Nas duas ocasiões, a defesa afirma que Cláudio foi por diversas vezes avisado e procurado para uma “solução amigável”, mas teria negado pagar a dívida e por isso os casos foram enviados à justiça.

A execução - O atirador estava em um Chevrolet Onix de cor escura e disparou pelo menos 13 tiros de pistola 9 milímetros contra a caminhonete Toyota Hilux ocupada pelo empresário Cláudio da Silva Simeão, 48 anos, o filho dele, Gabriel Yuri de Moura Simeão, 22 anos, e um amigo da família.

Cláudio morreu no local. Gabriel foi atingido no tórax e teve o pulmão lesionado. Ele está internado em estado grave na Santa Casa. O amigo da família ficou ferido por causa do estilhaços do vidro do automóvel, mas não precisou de atendimento médico.

Nesta tarde, o carro usado no crime foi encontrado completamente carbonizado em uma estrada vicinal que liga as rodovias MS-040 e a BR-163. A Polícia Civil segue investigando o caso e deve ouvir familiares e amigos do empresário nos próximos dias.

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