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Capital

Enquanto área especial só tem mato e lama, ônibus se espremem na cidade

Previsão era do local ser entregue em novembro de 2012

Yarima Mecchi e Marcus Moura | 30/01/2017 16:06
Ônibus chegam a fechar rua ao entrar em garagem, que fica na região central. (Foto: André Bittar)
Ônibus chegam a fechar rua ao entrar em garagem, que fica na região central. (Foto: André Bittar)

Enquanto veículos de pelo menos 12 empresas que fazem viagens intermunicipais e interestaduais precisam acessar o Centro e bairros de Campo Grande para chegar a suas garagens, atrapalhando o trânsito e até fechando ruas em alguns momentos, o terreno no anel rodoviário destinado à Cidade dos Ônibus é só mato e lama. O projeto foi lançado em março de 2012 pelo então prefeito Nelsinho Trad (PTB), mas até o momento não saiu do papel.

Durante o lançamento, Nelsinho estimou que a Cidade dos Ônibus tiraria cerca de 1,2 mil veículos deste tipo de circulação da cidade, desafogando o trânsito e melhorando até a qualidade do ar. A previsão era de o local ser entregue em novembro de 2012.

Como o projeto não saiu do papel e as empresas continuam com suas garagens em bairros da cidade, o problema persiste.

Há 26 anos trabalhando na frente da garagem da Viação Motta, Claides José da Silva, de 60 anos, disse que o movimento de ônibus é intenso no local e acidentes são frequentes. "O movimento de ônibus entrando e saindo é grande. Vira e mexe tem acidente. A Cidade dos Ônibus é uma boa", declarou.

A garagem fica na Rua 13 de Maio esquina com a Rua Professor Severino Ramos de Queiroz, no Centro de Campo Grande. No entorno há vários residenciais e comércios, além do grande fluxo de veículos para quem segue em direção a região sul da cidade.

Local deveria ser Cidade do Ônibus está tomado pelo mato. (Foto: André Bittar)
Local deveria ser Cidade do Ônibus está tomado pelo mato. (Foto: André Bittar)

Na Vila Progresso, o mototaxista Renildo da Silva Teixeira disse que trabalha há mais de 10 anos na frente da garagem da empresa Andorinha. "Aqui atrapalha muito e confunde os condutores. (A Cidade dos Ônibus) é uma melhoria tanto para as empresam quanto para os motoristas", disse.

A garagem fica na Avenida Costa e Silva, perto da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e de um mercado atacadista, onde também há grande movimento de veículos. "Sábado teve um acidente na entrada da garagem. O ônibus ia entrar na garagem, o carro não viu e acabou batendo", relata Renildo.

Prefeitura e empresas - Na expectativa de o prefeito, Marquinhos Trad (PSD), resolver o problema as empresas vão realizar no dia 9 deste mês uma assembleia. De acordo com o Rodosul (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Mato Grosso do Sul), como já passaram cinco anos desde que a obra foi lançada, as empresas serão novamente consultadas sobre o investimento.

Semana passada, o secretário responsável pela Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico), Luis Fernando Buainain, disse que a prefeitura trabalha para conseguir as licenças ambientais e tirar, enfim, a Cidade dos Ônibus do papel. Em julho de 2015, a Prefeitura liberou o equivalente a R$ 5,8 milhões em terrenos para nove empresas se instalarem ali e começarem as obras.

Local - Caso a Cidade dos Ônibus seja inaugurada, todas as empresas estarão concentradas no mesmo ponto, onde serão feitas trocas de óleo, abastecimento de combustível, toda a parte mecânica, alojamento para motoristas, estacionamento para 150 veículos e refeitório.

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