Entregador é imobilizado por funcionário da Agetran no Centro de Campo Grande
Agentes só soltaram o homem depois que outras pessoas gritaram "vai matar o cara", pedindo para ele ser solto
Homem de 30 anos foi imobilizado por um funcionário da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) na Rua Marechal Rondon, no Centro de Campo Grande. Ele só foi solto depois que outras pessoas, que passavam pela rua, resolveram intervir na ação.
No vídeo abaixo, é possível ver o homem caído no chão. Embaixo dele está o agente que deu o mata-leão e derrubou o motociclista. "A gente só quer que ele devolva o celular", diz o agente que está em pé, mas é possível ver que o homem está com as duas mãos vazias.
O motociclista, que trabalha como entregador, só foi solto depois que um homem gritou "vai matar o cara, vai matar o cara, vai matar o cara meu irmão". A confusão aconteceu no fim da tarde desta quinta-feira (9). Após a situação, tanto os agentes como o homem procuraram a polícia para registrar a ocorrência.
Conforme o depoimento dos agentes no boletim, feito na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, eles estavam na Rua Marechal Rondon fotografando alguns veículos para localizar os donos e pedir a retirada das motos do local, já que haveria um evento da prefeitura e o local seria usado por um trio elétrico.
Nesse momento, o entregador teria aparecido e tirado o celular das mãos do agente de forma agressiva. Segundo os servidores da Agetran, o homem gritava querendo ver a foto e ameaçando os agentes.
O agente contou ainda que pediu para o homem devolver o celular, o mesmo negou e foi para cima dele, então o agente realizou a imobilização com o mata-leão. Durante pesquisa no sistema, foi constatado que a moto está com documentos atrasados e em nome de outra pessoa e não do entregador.
Já o motociclista alega que estacionou o veículo para retirar uma encomenda, logo depois, viu os agentes tirando fotos e perguntou o que estava acontecendo. Segundo o depoimento do entregador, o agente teria dado o mata-leão logo em seguida, sem que ele fizesse qualquer coisa além da pergunta.
A Agetran informou que a atividade que estava sendo realizada pelos agente é "de praxe quando há a necessidade de remoção”. A nota reforça o depoimento dos agentes, falando que o entregador "tomou o celular do agente e não queria devolver”.
O caso segue em investigação e foi registrado como desacato, ameaça, lesão corporal dolosa e vias de fato. A Agetran também informou ainda que a conduta dos servidores também será investigada de forma interna na agência.