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Capital

Equipamentos ociosos ainda são problemas em presídios

Aline Queiroz | 27/01/2011 11:08

Também falta médico nas principais unidades da Capital

 Equipamentos ociosos ainda são problemas em presídios

Aparelhos de raio-x quebrados, equipamentos detectores de metal que funcionam inadequadamente e falta de médicos nos presídios de Campo Grande. Estes foram os principais problemas constatados na primeira vistoria do ano feita pelo MPE (Ministério Público Estadual) em todas as unidades prisionais da Capital.

O Campo Grande News acompanhou as visitas feitas pelo promotor de Justiça Fernando Jorge Esgaib as penitenciárias. No Estabelecimento Penal de Segurança Máxima, onde havia 1.671 presos, o raio-x está quebrado há pelo menos um ano. Já a porta detectora de metais “funciona mais ou menos”, segundo os próprios agentes penitenciários.

Os servidores são os principais prejudicados pelo problema. São eles que fazem a revista nos visitantes que entram nas unidades prisionais, procedimento que deveria ser apenas um complemento ao sistema de segurança eletrônico montado nos presídios.

Os presos também estão sem assistência médica há pelo menos um mês. Resultado, quando precisam ser consultados, os detentos são levados a unidades do SUS (Sistema Único de Saúde).

A falta deste profissional sobrecarrega outro setor se segurança pública. Policiais militares da Guarda e Escolta são acionados para o transporte dos internos a postos de saúde e hospitais.

Equipamente no presídio feminino, quebrado.
Equipamente no presídio feminino, quebrado.

Situação semelhante foi observada no Presídio de Trânsito. Desde 2008 o raio-x não funciona. Já o médico, parou de atender à unidade em dezembro do ano passado.

Da mesma maneira como na Máxima, a alternativa é procurar atendimento médico fora da penitenciária, onde existem 436 homens e a capacidade é para 176.

O IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) também não conta com o equipamento raio-x e o portal detector de metais não funciona adequadamente.

No Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado o alojamento onde dormem 190 presos está sem ventilador.

O promotor destaca que cobrará providências para resolver todas estas situações observadas na primeira vistoria do ano. Ele explica que esta ação faz parte do trabalho de correição dos presídios, desenvolvido periodicamente.

“São feitas inspeções mensais e periódicas em todas as unidades”, ressalta. Ele explica que faz vistorias ordinárias e outras surpresas.

Em caso de denúncias, elas são averiguadas in loco. Como ocorreu ano passado no IPCG, quando uma espécie de dossiê chegou ao MPE.

O promotor esteve na unidade e constatou que havia carros de fora do presídio consertados pelos internos.

Promotor (de preto) visitou presídios durante 2 dias.
Promotor (de preto) visitou presídios durante 2 dias.

Cantinas - Outra providência adotada pelo MPE refere-se às cantinas, que serão administradas por empresas privadas. A previsão é de mudança ainda este semestre, já que um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) foi assinado.

A medida foi adotada devido às constantes denúncias as quais indicavam que a venda de produtos era feita por integrantes de facções criminosas. Até uma mercearia, que funcionava como uma espécie de “mercado paralelo” foi encontrada dentro de cela da Máxima no ano passado.

O Campo Grande News acompanhou também visitas ao Centro de Triagem, Presídio Feminino Irmã Irma Zorzi, Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado, Presídio Aberto Urbano e unidade Semiaberta Feminina, além do Complexo Penal Agroindustrial da Gameleira, a antiga Colônia Penal Agrícola.

Nas unidades são desenvolvidos trabalhos de ressocialização, aulas regulares e de informática, existem bibliotecas e os detentos também trabalham na cozinha das penitenciárias.

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