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Capital

Escola estima em R$ 40 mil prejuízo em avião que bateu em capivara

Direção afirma que tão logo os danos sejam calculados com exatidão vai cobrar ressarcimento da Infraero

Ricardo Campos Jr. | 11/04/2018 09:13
Avião parado às margens da pista depois de atingir capivara (Foto: Direto das Ruas)
Avião parado às margens da pista depois de atingir capivara (Foto: Direto das Ruas)

A escola de aviação Fly Company estima em pelo menos R$ 40 mil os prejuízos com a aeronave que atingiu uma capivara no Aeroporto de Campo Grande nessa terça-feira (10). A diretora da empresa, Delci Pazzinato, afirma que cobrará ressarcimento da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) pelos danos.

Ela vai esperar o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) periciar e liberar o aparelho para calcular com exatidão os valores do conserto. A cifra preliminar foi baseada nas avarias já conhecidas: trem de pouso e asa quebrada.

O acidente aconteceu no momento da decolagem durante uma instrução de voo. Apenas um professor e uma aluna ocupavam o Cesna 150.

“Eles já tinham acabado de levantar do solo. Bateram e na hora não sabiam em que. A aeronave desgovernou e foi deslizando até parar no gramado. Se eles tivesse pegado a capivara na hora da corrida na pista, com pneu no chão e toda a potência, poderiam ter morrido”, afirma Delci.

Nenhuma das vítimas se feriu. O instrutor só descobriu que o acidente havia sido causado pela capivara quando a viu em cima da caminhonete da Infraero. “Ela estava na pista de aviões comerciais. Poderia ter sido um jato de passageiros”, afirma a diretora.

Delci diz que não foi a primeira vez que um animal foi visto perto da pista do aeroporto. “Há relatos de tatu, tamanduá e vários outros que os pilotos viram. É responsabilidade da Infraero manter a segurança. Esses bichos vêm da base aérea. Nós pagamos o pato e agora vamos tomar providências”.

Segundo a diretora, a Fly Company tem outro Cesta 150 que está passando por reforma, um Cesna 172 e um Cenica 2, estes últimos operando normalmente. Porém, com um aparelho a menos a escala das aulas com certeza ficará prejudicada.

Para evitar o problema, segundo ela, é necessário construir uma mureta que impeça os animais de acessarem o aeródromo.

O Campo Grande News tentou contato com a Infraero e com o Cenipa, mas até a publicação desta reportagem nenhum dos órgãos havia retornado.

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