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Capital

Escolhida empresa que vai construir “piscinão” para Córrego Reveilleau

Obra é parte do pacote de obras para desassoreamento do lago do Parque dos Nações Indígenas

Adriel Mattos | 24/02/2022 10:11
Córrego também passa por processo de assoreamento. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Córrego também passa por processo de assoreamento. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

A empresa Penascal Engenharia e Construção venceu licitação da prefeitura da Capital para construir uma bacia de amortecimento no Córrego Reveilleau. O aviso foi publicado na edição desta quinta-feira (24) do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).

O custo do serviço não foi informado, mas a prefeitura estimou no edital investimento de R$ 6,7 milhões. Como se trata de um concorrência na modalidade menor preço, a empreiteira - sediada em São Paulo (SP) - executará o serviço por um valor mais baixo.

O “piscinão” será construído entre as avenidas Mato Grosso e Hiroshima. Esse projeto está incluso no pacote de obras que inclui o desassoreamento do lago do Parque das Nações Indígenas e drenagem do córrego.

Em 2019, o governo do Estado e a prefeitura concordam que a administração estadual executaria as obras de desassoreamento e o município ficaria responsável pela construção da bacia de contenção.

Histórico – Há três anos, Campo Grande viu o  lago do Parque das Nações Indígenas quase secar, situação causada pelas erosões nas nascentes do Córrego Joaquim Português, que corta os parques dos Poderes e Estadual do Prosa. O governo interviu e desassoreou o lago.

Já a recuperação do Córrego Joaquim Português entrou na fase final. Após 12 meses de intervenções, a erosão de décadas acabou com o investimento de R$ 4,84 milhões do orçamento do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). A erosão tinha 140 metros de comprimento, 40 metros de largura e em algumas partes até 6 metros de profundidade.

Foi construída uma bacia de contenção em uma área de 12,9 mil metros quadrados, acima da Avenida do Poeta, com capacidade para comportar 36 milhões de litros de água. Além disso foram implantados 184 metros de tubos com 1,2 metros de diâmetro nas laterais da Avenida do Poeta e outros 730 metros de tubos com diâmetro variado na região, para direcionar a água pluvial à bacia de contenção.

Outros 65 metros de tubos com 1,4 metro de diâmetro atravessam a Avenida do Poeta, ligando a lagoa de contenção à canalização subterrânea implantada no fundo da vala formada pela erosão. Essa canalização se estende por 120 metros com tubos de 1,2 metro de diâmetro, em desnível leve, para impedir a velocidade da água.

Antes da água chegar ao leito do córrego, ainda passa por uma escada de dissipação de energia com 20 metros de extensão. Tudo para evitar que novo processo erosivo se forme devido à força da enxurrada.

Finalizadas as obras de drenagem, teve início o trabalho para aterrar a erosão e devolver a área novamente nivelada do Parque, o que demandou o transporte de 20 mil metros cúbicos de terra – material que havia sido removido para construir a lagoa de contenção. Agora, a enorme clareira aberta na mata exuberante do Parque do Prosa será lentamente encoberta, na medida em que se desenvolvam as mais de mil mudas de espécies do Cerrado que foram plantadas ali.

No Diário Oficial do Estado de quarta-feira (23) foi publicado o termo de paralisação por 30 dias da obra no local. A empresa responsável, Pactual Construções, deve retornar em março para finalizar os últimos detalhes. A medida serve para fazer ajustes finais e evitar que o contrato expire.

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