Especialista elogia serviço, mas tapa-buracos ainda precisa de melhoria

Especialistas apontam falhas na execução do serviço tapa-buracos em Campo Grande. Já houve avanço em relação ao sistema adotado anteriormente, mas ainda carece de medidas para dar mais durabilidade ao trabalho e evitar o surgimento de rachaduras a cada chuva.
O prefeito Alcides Bernal (PP) está realizando a operação tapa-buraco em Campo Grande, com a intenção de amenizar os problemas imediatos. No entanto, o processo pode gerar economia maior aos cofres públicos se adotar outras medidas, que garantam um resultado de longo prazo.
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Especialista ouvido pelo Campo Grande News ressaltou que estas ações corretivas, não podem deixar de ser feitas, já que se trata de uma recuperação imediata, para evitar acidentes e outros transtornos, mas que podem ser melhor executadas, com aparelhos e métodos mais eficientes, que geram economia de custos.
Entre as mudanças estaria o uso fresagem no pavimento, que se trata de um corte de uma ou mais camadas, em um processo mecânico, permitindo que o tráfego se desloque de forma mais suave e confortável, ajudando para evitar infiltração de água, que acaba danificando o asfalto.
Este método é inclusive usado em rodovias, por concessionárias, como a CCR MSVia, que faz correção das "trincas" e fresagem, para que dure muito mais tempo, sem precisar novas intervenções. Estes equipamentos em médio prazo ficam até mais baratos para utilização, do que o método usado atualmente.
O prefeito Alcides Bernal utiliza um modelo de fazer o recorte e base do buraco, antes de tampar, mas é algo corretivo, que com o tempo vai voltar a gerar problemas. Antes era feito a intervenção apenas no buraco.
Planejamento - De acordo com especialistas, o executivo precisaria de um planejamento a médio e longo prazo, que permitiria que ações preventivas, diminuíssem as corretivas, tendo resultados maiores e economia de recursos.
Entre elas estaria o recapeamento de áreas com fluxo maior, assim como até o uso e micro-revestimento em locais com tráfego menor, que custaria 30% do primeiro, podendo ser feito em locais específicos, após estudo e definição do executivo. Existem vias da Capital asfaltadas há 40 e 50 anos, que nunca tiveram um projeto de recuperação.
A intenção seria adequações de acordo com os trechos, como por exemplo rotatórias, que precisaria de fresagem e nova capa asfáltica, para suportar a demanda. A solução seria um projeto bem definido, com ações preventivas antes do período de chuvas.
Licitação - De acordo com o secretário municipal de Obras, Amilton Cândido de Oliveira, a prefeitura de Campo Grande estuda abrir licitação em janeiro, para uma reorganização na operação de tapa-buracos, tendo a intenção de adotar novo sistema, mais eficiente e que vai economizar recursos no futuro, segundo ele.
O secretário diz que será avaliado modelos que já são desenvolvidos em outras cidades, com aparelhagem e equipamentos mais sofisticados. "Temos um pavimento muito velho e muitos problemas, ainda assumimos (gestão) com crise financeira, porém vamos dividir as regiões e exigir que as (empresas) interessadas tenham os equipamentos adequados", promete.