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Capital

Estudante morta pode ser 5ª vítima da dengue este ano em MS

Francisco Júnior | 17/09/2012 13:55
Resultado de exame que vai detectar causa da morte de Laura Mattos vai ser divulgado hoje de tarde. (Foto: divulgação)
Resultado de exame que vai detectar causa da morte de Laura Mattos vai ser divulgado hoje de tarde. (Foto: divulgação)

A estudante que morreu no fim de semana em Campo Grande com suspeita de dengue hemorrágica pode ser a quinta vítima deste ano da doença. Conforme a Secretaria, morreram este ano quatro pessoas por dengue.

Destas mortes uma foi registrada em Corumbá, Três Lagoas e duas em Campo Grande.

Embora a suspeita seja de que a estudante tenha sido vítima do tipo 4 da doença, não vai haver confirmação disso. É que o exame que vai detectar se foi mesmo dengue a causa da morte da universitária Laura Mattos, de 21 anos, não vai apontar qual o tipo da doença. A informação é da diretora do Lacen (Laboratório Central), Suely Antonialli.

De acordo com a médica, para a detecção do tipo da dengue era necessário um exame necroscópico, procedimento, que segundo ela, não foi autorizado pela família da jovem. “Exame para saber qual é o tipo de vírus, tem que ser feito até o quinto dia do início dos sintomas”, explica a especialista.

Conforme Antonialli, o resultado do exame para saber se foi dengue que provocou a morte de Laura vai ficar pronto no início da tarde desta segunda-feira (17).

A estudante morreu na manhã deste domingo. Ela estava internada desde o dia 14 deste mês no hospital El Kadri. Familiares relataram que os sintomas começaram a aparecer no dia 8, com febre leve.

A jovem logo depois apresentou diarréia e vômito, além de dores abdominais. Por três vezes Laura foi até uma unidade de posto de saúde, depois procurou por duas vezes um hospital particular, mas só na quinta-feira (13), quando já estava com quadro de desidratação grave, foi atendida no consultório de um médico particular e internada no hospital. Na sexta-feira sofreu convulsões e foi transferida para o CTI (Centro de Terapia Intensiva), onde permaneceu até ontem.

No velório, familiares e amigos se mostraram indignados com a morte precoce da estudante. “Todo mundo está abalado e revoltado por não chegar a um diagnostico, pela demora no atendimento. Estão querendo abafar, mas a gente está sabendo que este é o segundo caso de dengue”, desabafa a prima da jovem, Fabíola Mattos.

Ela lembra com carinho de Laura, que cursava o 3º ano do curso de Odontologia na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). “O sonho dela era fazer odontologia. Ela amava o curso”, conta.

Colegas do curso prestaram uma homenagem durante o velório da estudante. Todos estavam vestidos de branco e com rodas brancas nas mãos. O enterro aconteceu nesta manhã no cemitério Parque das Primaveras.

Números – Último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde aponta que este ano foram 4.522 casos notificados em Campo Grande. Em todo o estado, já foram registradas 10.490 notificações.

Os casos de dengue tipo quatro representam 27,8% das confirmações da doença registradas no primeiro quadrimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, aponta pesquisa do Ministério da Saúde.

O quadro de isolamento viral do levantamento, de contabiliza 366 casos do Estado enviados neste ano, 79 foram positivos, o que representa 21%.

Especialistas não consideram o vírus tipo 4 mais agressivo que os outros. A diferença está na imunidade. Como o vírus ainda não circulou pelo Estado, a população não tem resistência para a doença. Quanto aos sintomas, o tipo 4 não é mais agressivo do que os já existentes.

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