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Capital

“Eu sou policial e faço o que quero”, teria dito PM durante confusão na madrugada

Jeozadaque Garcia e Viviane Oliveira | 01/01/2012 14:08

Uma testemunha, que pediu anonimato, relatou os momentos da briga, que teria começado quando o militar quase atropelou um grupo de pessoas

Testemunha alega que irmão do policial deu arma para ele efetuar os disparos (Foto:Simão Nogueira)
Testemunha alega que irmão do policial deu arma para ele efetuar os disparos (Foto:Simão Nogueira)

“Eu sou policial e faço o que quero”, disse uma testemunha sobre PM que se envolveu em uma confusão que resultou na morte de Wilson Meaurio, de 41 anos, e em mais quatro pessoas baleadas no bairro Pioneiros, região sul de Campo Grande, na madrugada deste domingo (01).

Uma testemunha, que pediu anonimato, relatou ao Campo Grande News os momentos da briga, que teria começado quando o militar, identificado até o momento como Samuel, quase atropelou um grupo de pessoas que saía de um casa na rua Barão de Limeira após as festividades de fim de ano.

Pouco após a meia-noite, o grupo ia embora quando o soldado, em um VW Fox, freou bruscamente. As pessoas reclamaram e o policial desceu do veículo. “Eu sou policial e faço o que quero”, bradou.

Depois do bate-boca, começou uma briga entre o PM e Márcio Pereira Soares, de 22 anos, sobrinho de Wilson. Os amigos entraram na confusão e quebraram o veículo do policial.

Ele acionou a irmã, uma policial civil, que foi até o local e efetuou um disparo de advertência. Neste momento o grupo tentou se refugiar, onde ocorria uma festa de família. Ainda segundo a testemunha, a civil deu uma arma ao irmão, que foi até a casa.

Lá, Wilson, que não participou da confusão, abriu os braços para impedir a entrada do PM na residência, e acabou sendo baleado no peito.

Depois disso, continuou a testemunha, ele entrou na casa “procurando” os envolvidos na briga e efetuando disparos.

Além da vítima, foram baleados Ionar Marília Monteiro Pereira, de 37 anos, ex-mulher de Wilson, os filhos do casal, Maikson Pereira Meaurio, de 15 anos e Maysson Pereira Meaurio, de 10. O sobrinho deles, Mateus Quirino Pereira Dias, de 16 anos, também foi baleado. Todos estão internados na Santa Casa.

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