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Capital

Falsos corretores davam golpe da casa própria com "cota contemplada"

Uma das vítimas chegou a dar R$ 14 mil de entrada acreditando que compraria casa de R$ 250 mil

Dayene Paz e Cleber Gellio | 13/04/2022 13:37
Polícia Civil e Creci na frente da empresa nesta manhã. (Foto: Direto das Ruas)
Polícia Civil e Creci na frente da empresa nesta manhã. (Foto: Direto das Ruas)

Com o sonho de ter a casa própria, dois moradores de Campo Grande foram enganados e perderam aproximadamente R$ 24 mil ao caírem em um golpe. Os supostos corretores, que trabalhavam para o Grupo AL Serviços Financeiros e Investimentos, ofereciam algo quase que inacreditável: uma carta contemplada de consórcio no valor de R$ 250 mil. Duas pessoas, responsáveis pela empresa, foram presas após força-tarefa policial.

A denúncia chegou ao Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), em fevereiro deste ano, mês em que uma vítima procurou a delegacia de polícia e registrou um boletim de ocorrência de estelionato. A partir daí, a polícia começou a investigação e percebeu como os funcionários a empresa AL manipulavam as vítimas.

O golpe começava em esquema legal, conforme o titular da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), Paulo Sá. A empresa anunciava os imóveis, que de fato, estavam à venda, mas por outra empresa. Os funcionários da AL eram, em sua maior parte, jovens e inexperientes, sendo aliciados pela empresa para fazer esse tipo de negociação.

Os funcionários ofereciam para as vítimas cotas de consórcio contempladas de R$ 200 mil e R$ 250 mil. Uma vítima perdeu R$ 14 mil, acreditando que seria contemplada na cota de R$ 250 mil e outra desembolsou R$ 9,5 mil, acreditando que realizaria o sonho da casa própria.

Prisões - Diante das apurações, a Decon realizou uma força-tarefa nesta quarta-feira (13), com apoio do Procon (Superintendência para Orientação de Defesa do Consumidor), Creci e MPT (Ministério Público do Trabalho). Quando chegou na empresa, localizada na Rua Manoel Inácio de Souza, no Bairro Santa Fé, encontrou mais uma vítima que estava prestes a desembolsar quase R$ 10 mil por uma suposta cota contemplada.

Um casal foi preso em flagrante por crime contra a relação de consumo e estelionato. Os dois seriam os responsáveis no momento, mas o delegado não informa se são os donos da AL. A fiança estipulada foi de quatro salários mínimos para cada um. A Polícia Civil prossegue com a investigação também para saber se houveram mais vítimas do golpe.

Alerta - Paulo Sá orienta que as pessoas fiquem atentas e levem em consideração que cota de contemplação de consórcio só existe através de lance ou sorteio. "Qualquer pessoa pode consultar o Banco Central do Brasil para saber se aquela empresa na qual quer fazer o consórcio é autorizada."

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