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Capital

Falta de estratégia e ação só após caos permitem avanço da criminalidade

Filipe Prado | 19/09/2015 09:19
O especialista acredita que a falta de políticas preventivas tenha acarretado o aumento da criminalidade (Foto: Fernando Antunes)
O especialista acredita que a falta de políticas preventivas tenha acarretado o aumento da criminalidade (Foto: Fernando Antunes)

“Todo o governo espera o caos para poder agir”, avalia o especialista em segurança pública, André Salineiro, sobre o aumento na criminalidade em Mato Grosso do Sul. A falta de estratégias de prevenção de crimes no Estado é uma das causas para o crescimento da violência, causando medo na população e deixando a polícia em crise, pela carência de estrutura.

Salineiro alertou para a falta de políticas preventivas no Estado, onde o governo espera a crise se estabelecer, para assim tomar providência. “A prevenção dá mais resultados que a repreensão”, apontou.

Entre as soluções levantadas, está o tratamento da população com riscos de entrar na criminalidade, como os jovens. Para o especialista a resposta é a qualificação profissional. “Isso é fundamental. Temos que criar mecanismos, para que ele cumpra a pena, mas ressocialize a pessoa”, declarou Salineiro e ainda lembrou que mais de 50% da população carcerária, volta a cometer os mesmos crimes, assim que é liberta. “Cria um ciclo vicioso”.

A segurança pública, de acordo com o especialista, não é prioridade no Brasil, normalmente as pastas de saúde e educação ficam em destaque. Ele acredita que não é preciso somente investir, mas saber como este recurso deve ser utilizado, sabendo solucionar os problemas.

“Segurança pública não se compra. O plano de saúde se paga, a pessoa pode estudar em uma escola particular, mas nós não podemos fazer isso com a segurança”, comentou Salineiro. A saúde e educação estão relacionadas com as melhorias na segurança.

Outro problema apontado é a falta de estrutura da polícia do Estado, tanto Civil quanto Militar. Além da falta de viaturas, carência ou armamento, Salineiro destaca os problemas na capacitação da polícia ou falta de material humano para o trabalho.

“É preciso capacitação, maior seleção, qualificação e meritocracia”, apontou o especialista. Sobre a meritocracia, ele explicou que ela não deve ser aplicada somente para chefes e comandantes, mas para os policiais que estão na rua, que “muitas vezes não tem perspectiva de crescimento”.

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