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Capital

Falta de manutenção faz Segredo transbordar após 20 anos canalizado

Flávio Paes | 12/01/2016 22:00
Assoreamento de bacias contribui para o transbordamento do Segredo (Foto:Marcos Erminio)
Assoreamento de bacias contribui para o transbordamento do Segredo (Foto:Marcos Erminio)
Córregos recebeu duas represas para reduzir a velocidade da correnteza (Foto:Marcos Erminio)
Córregos recebeu duas represas para reduzir a velocidade da correnteza (Foto:Marcos Erminio)

O Córrego Segredo transbordou pelo menos duas vezes no fim do ano passado, cena que Campo Grande não assistia há pelo menos 20 anos, desde a sua canalização, no trecho a partir da Avenida Euler de Azevedo, no fim dos anos 1990.

A cidade voltou a conviver com cenas de alagamento na altura da rotatória da Avenida Rachid Neder, exatamente onde o Segredo recebe ás águas de um dos seus afluentes, o Cascudo, também canalizado há muito tempo.

O problema surgiu, segundo avaliação de engenheiros da Secretaria Municipal de Infraestrutura ouvidos pelo Campo Grande News, porque desde 2011, quando foram inauguradas as obras de controle enchentes projetadas como parte do Parque Linear Segredo, a Prefeitura não fez o seu dever de casa.

Nestes cinco anos deixou de promover a manutenção das bacias de detenção instaladas a montante (acima) das barragens que foram construídas no leito do córrego. Resultado: estas bacias que deveriam reter água durante a chuva não a retêm, porque foram entregues assoreadas, cheias de areia. Estão, também, tomadas pela vegetação e desde então não é feita a limpeza.

Com as obras de pavimentação e drenagem executadas em bairros como Jardim Presidente, Gaburas, Atlântico do Sul, Vila Saraiva, Morada Verde, Estrela do Sul(onde foi reforçada a drenagem), aumentou consideravelmente a quantidade de enxurrada despejada no leito do Segredo, pressionando a calha do córrego.

Exatamente para garantir que a correnteza nos períodos de chuva, descesse mais lentamente, sem transbordar do leito, foram feitas duas barragens que estão resistindo ao período de chuvas iniciado na segunda quinzena de dezembro. O que acabou sendo arrastado pela força das águas foram dissipadores de energia,dispositivos instalados nos pontos de lançamentos das drenagens, para evitar que surgissem erosão nas margens dos córregos.

Os dissipadores foram instalados sobre o solo, quando o procedimento correto, conforme os engenheiros da Secretaria de Infraestrutura ouvidos pelo Campo Grande News, era a colocação de suportes nas margens do córrego para garantir maior sustentação

Enquanto perdurar o período de chuva, conforme os técnicos da Secretaria, a população terá de conviver com as inundações. Só com estiagem, será possível promover a limpeza das bacias de detenção feitas para reter parte da correnteza e com isto evitar novos transbordamento dos córrego nos dias de chuva mais intensa.

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