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Capital

Falta “mão de obra” criminosa e bandidos recrutam comparsas de outros Estados

Aliny Mary Dias e Graziela Rezende | 31/07/2013 11:49
Delegada explica que ações com bandidos de fora do Estado aumentaram (Foto: Pedro Peralta)
Delegada explica que ações com bandidos de fora do Estado aumentaram (Foto: Pedro Peralta)

A escassez de “mão de obra” criminosa é apontada como um dos motivos da vinda de pessoas de outros Estados que cometem crimes em Mato Grosso do Sul. A tese é defendida pela delegada Maria de Lourdes Cano, titular da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos), que tirou de circulação ao menos cinco quadrilhas especialistas neste ramo, nos últimos meses.

Segundo a delegada, as prisões de fugitivos de outros Estados envolvidos em roubos e furtos de veículos aumentaram nos ultimes meses em Campo Grande. Em geral, os crimes são orquestrados por detentos do presídio de Segurança Máxima da Capital.

“Devido as prisões, a ‘mão de obra’ ficou escassa e com isso os detentos inovaram e começaram a recrutar bandidos de outros Estados para atuar nos crimes em Mato Grosso do Sul”, explica Maria de Lourdes.

A delegada afirma ainda que os crimes são considerados graves porque os bandidos mantêm as vítimas em cativeiro enquanto o veículo é levado para fora do Brasil pela fronteira com o Paraguai ou Bolívia.

A falta de bandidos para concluir as ações acaba gerando medidas extremas por parte dos assaltantes. “Por falta dos bandidos, eles até dopam as vítimas para ficar no cativeiro”, diz a delegada, ressaltando que este seria o destino do idoso, vítima de uma quadrilha presa no dia 16/07, caso a polícia não interrompesse a ação criminosa.

Segundo a polícia, a última prisão com integrantes de outros Estados ocorreu no dia 16 de julho quando três homens foram detidos enquanto abordavam um homem de 60 anos que trabalha com frete de caminhão. Dos três presos, dois deles vieram de Goiás para praticar os crimes na Capital.

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