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Capital

Família protesta contra morte por omissão de socorro na Uniderp

Aliny Mary Dias | 03/04/2014 17:16
Protesto reuniu parentes de Alana em frente de Universidade (Foto: Cleber Gellio)
Protesto reuniu parentes de Alana em frente de Universidade (Foto: Cleber Gellio)

Parentes da estudante Alana Cristina dos Santos, que morreu aos 18 anos nos corredores da Anhanguera/Uniderp, no dia 19 de março, se reuniram em frente da universidade com cartazes na tarde desta quinta-feira (3). Com objetivo de cobrar respostas para a instituição de ensino e chamar a atenção de alunos, os parentes expuseram cartazes com frases saudosas com fotos de Alana.

“Nossa filha nós não iremos trazer de volta, mas estamos aqui para lutar pelos nossos filhos mais novos e por todos que um dia irão estudar e estudam aqui. A universidade precisa cumprir a lei e ter uma brigada de socorro”, conta o pai Isaque dos Santos, de 36 anos.

Com dizeres como “Enquanto as autoridades brigam pelo poder, pessoas como Alana morrem esperando por socorro” os pais e parentes aproveitaram o sinal vermelho na Avenida Ceará, bem em frente a entrada principal da universidade, para mostrar a situação aos motoristas.

Indignada pela falta de informação por parte da universidade, Maria Lucia, 36 anos, mãe de Alana, afirma que já recebeu ligações de colegas da estudante sobre a omissão de socorro. “Demorou mais de 1 hora para o Samu chegar e os alunos confirmaram que a universidade não prestou atendimento para minha filha”, conta a mãe.

Sem conseguir trabalhar, a família passa por problemas financeiros e vivem esperando uma resposta da Polícia Civil e até do MPF (Ministério Público Federal), onde uma ação civil pública foi protocolada.

Pais querem resposta de universidade (Foto: Cleber Gellio)
Pais querem resposta de universidade (Foto: Cleber Gellio)

O laudo do IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal) que irá atestar a causa da morte da jovem ainda não ficou pronto. A família não tem notícias do andamento do inquérito policial que corre na 5ª delegacia de polícia e também se revolta sobre especulações a respeito do estado de saúde de Alana.

“Estão falando que minha filha tinha problema no coração, isso é mentira, ela era saudável. Ano passado fizemos um check-up completo e não deu nada de alteração”, diz.

No último dia 20 de março, o Corpo de Bombeiros multou a universidade em R$ 3,7 mil por irregularidades no Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico.

Outro lado - Um dia após a morte da jovem, a Anhanguera/Uniderp afirmou que o socorro à Alana foi imediato. “Apesar de todos os procedimentos de pronto atendimento e socorro terem sido tomados de imediato, a aluna veio a falecer em decorrência de mal súbito. A Universidade Anhanguera-Uniderp está prestando acompanhamento à família, e manifesta solidariedade, votos de pêsames e decreta três dias de luto oficial, sem suspensão das aulas”,

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