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Capital

Funcionária suspeita de vazar fotos de cadavéres é afastada e substituída

Caso está sendo investigado e mulher responderá por crime de vilipêndio de cadáver, com pena prevista de um a três anos de prisão

Liniker Ribeiro | 14/01/2018 11:54
Técnica de necropsia procurou delegacia para denunciar prática de funcionária da limpeza (Foto: André Bittar)
Técnica de necropsia procurou delegacia para denunciar prática de funcionária da limpeza (Foto: André Bittar)

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) solicitou afastamento da funcionária da empresa terceirizada responsável pela limpeza do prédio do SVO (Serviço de Verificação de Óbito), de Campo Grande, a MegaServ, suspeita de tirar fotos de cadáveres e compartilhar os arquivos em grupos de Whatsapp.

De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, a faxineira será substituída já na segunda-feira (15). "Assim que fomos informados, comunicamos a empresa prestadora de serviço sobre o ocorrido e solicitamos afastamento imediato da suspeita", afirmou a executivo municipal em nota.

Um boletim de ocorrência sobre foi registrado na manhã de ontem (13), na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga, e agora o caso será investigado. De acordo com a técnica necropsista que fez a denuncia, a ação da mulher foi descoberta no ano passado, mas como a funcionária, de aproximadamente 40 anos, havia sido orientada, nenhuma providência a mais havia sido tomada.

"Como ela não trabalha na área e não conhece os procedimentos, nós a orientamos na época, explicamos o porque isso não pode ser feito, pois expoe o necropsista, fora que é um momento em que o cadáver está vulnerável", explicou Sandra Araújo.

Ainda de acordo com a profissional, as fotos foram compartilhadas por mais de uma vez e no próprio grupo do SVO. "Eu sai do grupo logo depois, alertei a administração e conversei com ela. Mas essa semana, eu ajudava em um procedimento quando minha luva rasgou e, quando sai da sala para trocar, encontrei a funcionária mexendo no meu celular e tentando apagar as fotos", complementou Sandra, explicando porque só agora foi decidido registrar a ocorrência.

Ainda em investigação, a atitude da funcionária foi reprovada pela secretaria. "Lamentamos pela conduta da autora por expor as pessoas fotografadas e por sua vez contranger as famílias dos envolvidos. Reiteramos que não compactuamos com esse tipo de conduta e vamos aguardar as investigações da polícia e colaborar com o que for preciso", concluiu em nota.

A funcionária responderá pelo crime de vilipêndio de cadáver, quando o corpo é exposto a alguma situação de ofensa física, profanação ou humilhação, e poderá pegar detenção de um a três anos de prisão. Também é prevista cobrança de multa pelo crime.

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