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Direto das Ruas

Furto de compressor de ar deixa pacientes sem dentista

Unidade no São Conrado está há mais de 8 meses sem compressor odontológico; paciente diz que falta segurança

Por Viviane Oliveira | 18/06/2025 08:49
Furto de compressor de ar deixa pacientes sem dentista
Fachada da Policlínica Odontológica Dr. Mário Gonçalves da Costa Lima, onde compressores de ar foram furtados pela segunda vez, segundo relato de paciente (Foto: Direto das Ruas)

A Policlínica Odontológica Dr. Mário Gonçalves da Costa Lima, localizada no Bairro São Conrado, enfrenta problemas recorrentes com furtos de equipamentos e está, há mais de oito meses, sem compressor odontológico, o que impede a realização de procedimentos mais complexos. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.

RESUMO

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A Policlínica Odontológica Dr. Mário Gonçalves da Costa Lima, em Campo Grande, está há mais de oito meses sem compressor odontológico devido a furtos recorrentes, impossibilitando a realização de procedimentos complexos. O equipamento foi danificado durante uma tentativa de roubo, afetando o atendimento de diversos pacientes.A Secretaria Municipal de Saúde informou que a unidade está incluída em um processo emergencial de manutenção. Pacientes que necessitam de procedimentos especializados estão sendo redirecionados para os Centros de Especialidades Odontológicas Silvia Regina e Guanandi, que contam com profissionais habilitados em cirurgia bucomaxilofacial.

O relato é da auxiliar de limpeza Jade Balbina dos Santos Dourado, de 29 anos, moradora do Bairro Riviera Park. Ela conta que aguardava há um mês por uma vaga para extração de dentes e, quando finalmente foi chamada, descobriu que o atendimento estava suspenso por falta do equipamento.

“Fui hoje e está sem compressor. Já estava assim há mais de 8 meses. Meu filho também fazia tratamento lá no ano passado e também não conseguiu atendimento porque já estavam sem o equipamento”, afirma Jade. “Conversei com uma funcionária da unidade, e ela disse que sempre que chega o aparelho novo, ele funciona no máximo dois meses e é furtado. Está dificultando o tratamento de muita gente", lamentou.

A paciente destaca que seu caso exige um especialista, pois precisa extrair dentes do siso que estão próximos ao nervo da face. “Na UBS [Unidade Básica de Saúde] só faz raspagem, coisas mais simples. Quando é mais complexo, como o meu, eles encaminham para a policlínica. Mas ali sempre está sem compressor”, completa.

Segundo Jade, a funcionária com quem conversou afirmou que a segurança e o monitoramento da unidade são precários, o que facilita a ação de criminosos e os furtos recorrentes de equipamentos.

Por meio de nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que o compressor de ar comprimido da Policlínica Odontológica Dr. Mário Gonçalves da Costa Lima foi danificado durante uma tentativa de furto. A unidade, conforme a secretaria, já está incluída em um processo emergencial de manutenção de compressores, que contempla a reparação de equipamentos em toda a rede municipal de saúde.

Sobre o atendimento, a secretaria explicou que o acesso aos CEOs (Centros de Especialidades Odontológicas) é regulado via Sisreg, sistema que organiza a fila de pacientes encaminhados pelas Unidades de Saúde da Família. No caso citado, a paciente pode ser direcionada para o CEO Silvia Regina ou para o CEO Guanandi, que possuem profissionais habilitados na especialidade de cirurgia bucomaxilofacial.

Outros casos recentes - No mês passado, a USF (Unidade de Saúde da Família) Dom Antônio Barbosa foi arrombada e saqueada. Durante a ação, os criminosos furtaram notebook, computador de mesa, fiação elétrica e outros materiais, o que impossibilitou o atendimento aos pacientes na ocasião. Os ladrões usaram uma marreta para invadir o posto, e a ferramenta foi deixada do lado de fora do local após o crime.

Em abril, a UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) Dr. Judson Tadeu Ribas, na Vila Moreninha III, também foi alvo de criminosos. Em dois episódios distintos, foram furtados três aparelhos de ar-condicionado, quatro computadores, uma cafeteira usada pelos servidores e instrumentos médicos essenciais como estetoscópio e oxímetro.

Com os danos, a equipe da unidade precisou improvisar uma sala de vacinação, utilizando uma caixa térmica para manter as vacinas na temperatura ideal. Os furtos, segundo funcionários, são frequentes e não há presença fixa da GCM (Guarda Civil Metropolitana) no local, os agentes foram acionados apenas após os arrombamentos.

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