Gaeco vasculha empresa de informática e mobiliário no Jardim dos Estados
Equipe do BPChoque acompanha cumprimento de busca no prédio da Infomaster Soluções em TI
Em mais uma ação contra fraude em licitações, equipes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) cumprem mandados em várias empresas de Campo Grande e Sidrolândia na manhã desta quarta-feira (1º), uma delas, a Infomaster Soluções em TI e Mobiliário Corporativo, no bairro Jardim dos Estados.
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O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) realizam operação contra fraudes em licitações em Campo Grande e Sidrolândia. Entre os alvos está a empresa Infomaster Soluções em TI, no Jardim dos Estados. A ação, que conta com apoio do Batalhão de Choque da PM, também investiga a Zornimat, a Livraria Paulo Freire e uma residência no Jardim Panamá. As buscas são realizadas em diversos endereços, incluindo a casa da gerente de uma das unidades investigadas.
Policiais do BPChoque (Batalhão de Choque da Polícia Militar) acompanham as buscas no prédio localizado na Rua Rio Grande do Sul há aproximadamente uma hora. Até o momento, apenas uma equipe de TI (Tecnologia da Informação) do Gaeco saiu do local.
Funcionários da empresa seguem dentro do prédio enquanto outros integrantes do Gaeco fazem as buscas. Até o momento, nada foi retirado do prédio, e o alvo principal da operação não foi divulgado.
Conforme apurou o Campo Grande News, a ação é resultado de investigação que apurou fraudes em licitações, a princípio, na Prefeitura de Miranda. Além da Infomaster, também é alvo da operação a empresa Zornimat, na Avenida Afonso Pena. A casa de funcionária de uma dessas empresas, no Bairro Jardim Panamá, em Campo Grande, também recebeu equipe do Gaeco.
Em Sidrolândia, policiais estão em endereços ligados ao empresário Pedro Luiz Ribeiro Ruano. Entre eles, está a Livraria Paulo Freire, na Avenida Dorvalino dos Santos, alvo também da Operação Tromper.
No ano de 2022, a empresa foi uma das vencedoras da licitação da Prefeitura de Sidrolândia para trocar 5.314 unidades, entre chaves e fechaduras da sede municipal e secretarias. O valor da contratação era de R$ 566.615,75, dividido entre três empresas.
Em agosto, 7 dos 23 investigados pela Tromper foram condenados pela 1ª Vara Criminal de Sidrolândia a penas de prisão e ao ressarcimento dos cofres públicos. Pedro Luiz não está entre eles.
Segundo a denúncia apresentada na quarta fase, o grupo era liderado pelo ex-vereador Cláudio Serra Filho, o Claudinho Serra, que chegou a ser preso mas foi solto no mês passado.
O MPMS o denunciou por utilizar esquema de lavagem de dinheiro estruturado em quatro frentes: uso de familiares, interpostos (“laranjas”), empresas de fachada e blindagem patrimonial. O objetivo era disfarçar a origem ilícita dos valores obtidos com fraudes em contratos milionários de engenharia e pavimentação asfáltica, mantendo o fluxo de recursos mesmo após fases anteriores da operação.
A investigação apontou que familiares de Claudinho recebiam valores disfarçados de propina e que empresas sem atividade real, como o Lava Jato do Turquinho e a MedMari, movimentaram quantias expressivas em pouco tempo.
O Gaeco e o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) identificaram repasses fracionados que somaram R$ 95 mil em apenas cinco dias, além de pagamentos de boletos da mãe do ex-vereador, reforçando o vínculo fraudulento. O MP sustenta que a organização criminosa seguiu atuando mesmo após medidas cautelares já impostas.
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