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Capital

Ganhadores de rifa de estudantes fazem voo panorâmico sobre Capital

Rafael Ribeiro e Mayara Bueno | 12/08/2017 17:11
Vista do alto da Capital foi o grande atrativo das famílias que ganharam a rifa dos universitários (Fotos: Marcos Ermínio)
Vista do alto da Capital foi o grande atrativo das famílias que ganharam a rifa dos universitários (Fotos: Marcos Ermínio)
Fernando Elerati de Campos, capitão da equipe: R$ 7 mil arrecadados com rifa para custear competição
Fernando Elerati de Campos, capitão da equipe: R$ 7 mil arrecadados com rifa para custear competição

As duas famílias ganhadoras da rifa feita por 20 estudantes de engenharia da Universidade Anhanguera de Campo Grande realizaram, na tarde deste sábado (12), seus voos panorâmicos sobre a Capital com 30 minutos de duração, a bordo de um avião de pequeno porte de táxi aéreo que decolou do aeroporto da cidade, na Vila Serradinho (zona oeste).

A rifa tem como objetivo arrecadar dinheiro para que os universitários participem da 19ª edição do SAE Brasil AeroDesign, uma competição aeronáutica para universitários do Brasil e do exterior, no período de 26 a 29 de outubro no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos (SP).


Segundo Fernando Elerati de Campos, coordenador do projeto Hércules Aéreo Design, o custo da participação da equipe na competição é de R$ 10 mil. Foram arrecadados R$ 7 mil com a rifa, em que cada número foi vendido a R$ 20.


E qual foi o objetivo dos dois ganhadores? A oportunidade de levar suas famílias para um voo pela primeira vez na vida, sobre a cidade em que nasceram e cresceram.


“Comprei um número (da rifa) com o objetivo de fazer minha mulher e filha (de 4 anos) a voarem pela primeira vez. Já peguei voos comerciais por conta do trabalho, então foi mais um presente à elas”, disse o encarregado de manutenção Jair Leão Marques, 40 anos.


E a experiência, apesar da boa intenção, acabou não sendo tão boa assim. Tanto a mulher quanto a herdeira de Jair passaram mal durante o voo.


Kleverson Niedck, 28, o outro ganhador, teve mais sorte. Também experiente com voos comerciais, estranhou o tamanho do avião e viu a mulher, Emily, de 25 e os dois filhos pequenos reclamarem dos balanços constantes durante o passeio. Mas ninguém sofreu os efeitos de voar pela primeira vez.


“Foi bem bacana, maravilhoso, curtimos muito e reconhecemos vários pontos da cidade, como a Lagoa Itatiaia, o Shopping Campo Grande, a Afonso Pena, toda a região central e até os presídios”, disse, garantindo as fotos como uma lembrança eterna do momento vivido.

Disputa – Para os estudantes campo-grandenses, mais do que uma disputa de criatividade sobre modelos e inovações tecnológicas, uma oportunidade para abrir portas no mercado brasileiro da aviação.

Jair Leão Marques (com a criança no colo): oportunidade de passeio com a família, que estranhou o voo e passou mal
Jair Leão Marques (com a criança no colo): oportunidade de passeio com a família, que estranhou o voo e passou mal

Fanáticos por aviação, escolheram Hercules como nome da equipe para homenagear o C-130, considerado o maior avião do mundo, produzido nos anos de 1950 pelos Estados Estados, e famoso pelo tamanho e capacidade de aterrisar ou decolar em pistas pequenas ou improvisadas.

“Desta vez iremos para ganhar experiência, mas queremos ir para competir na edição de 2018.
No momento estamos trabalhando no nosso projeto e temos prazo até 4 de setembro para a inscrição de projetos e plantas na seletiva nacional, uma espécie de torneio de acesso ao SAE Brasil”, disse Eterali.

Pelo regulamento do SAE Brasil, a classificação para a competição do próximo ano depende da pontuação que o projeto e o vôo do avião projetado receberá na seletiva. “O nosso aeromodelo está em fase de projeto”, afirmou Fernando Eterali. Segundo ele, a previsão é iniciar a fase de testes de vôos no máximo até 2 de outubro.

Além do aspecto técnico, que é fundamental, a competição configura um exemplo prático de empreendedorismo para os estudantes de engenharia. Na condução de seus aeromodelos, eles vendem patrocínio e até rifas para o financiamento de seus projetos.

“Precisamos de dinheiro para bancar a nossa viagem para São José dos Campos. A ideia é alugar uma van para levar toda a equipe”, comentou Eterali.

Na edição de 2016, o SAE Brasil AeroDesign reuniu 95 equipes de 77 instituições de ensino diferentes. Além dos brasileiros, participaram quatro equipes de universidades do México, Venezuela e Polônia.

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