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Capital

Greve paralisa obras de habitação e tem adesão de 7 mil operários

Aliny Mary Dias e Luciana Brazil | 23/04/2014 09:16
Greve atinge grande parte de canteiros de obras da cidade (Foto: Marcelo Victor)
Greve atinge grande parte de canteiros de obras da cidade (Foto: Marcelo Victor)

A greve de operários da Construção Civil por aumento salarial já atinge vários canteiros de obras da Capital e um balanço parcial do setor aponta que há de 5 a 7 mil funcionários parados em Campo Grande.

Segundo o presidente do Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande), José Abelha, em empreendimentos como o da construtora Brookfield no Parque do Sóter, a paralisação atinge de 80% a 90% dos funcionários.

Em seis construções da Plaenge, onde equipes do sindicato já percorreram, a paralisação é total. No caso da construtora MRV, o empreendimento da Avenida Interlagos está parado e os operários também cruzaram os braços.

Para mobilizar os funcionários, sindicalistas do interior do Estado vieram a Campo Grande com objetivo de reforçar o movimento. O presidente do Sindicato dos Ceramistas de Rio Verde, Luciano Alvarenga, explica que está na Capital para apoiar a greve.

“Na obra da Vanguard na Rua Ministro João Arinos, 200 trabalhadores não foram trabalhar. Nós estamos percorrendo as obras e vamos mobilizar os operários”, diz Alvarenga.

Arlindo Siqueira Santos trabalha há seis anos como operário e afirma que tem de haver um aumento em relação ao que é pago referente ao salário base e não só a produção. Outros trabalhadores também questionam o valor oferecido pelos patrões, que cobre somente a correção da inflação.

Conversas - O presidente do Sintracon afirma ainda que uma mesa de mediação foi realizada ontem no Ministério Regional do Trabalho e contou com o sindicato patronal e a entidade que representa os operários. “O Sinduscon não fez nenhum nova oferta e o ministério reconheceu legitimidade na nossa greve”, completa.

Sobre a depredação das obras, situação temida pelos patrões, Abelha afirma que o movimento é pacífico e que depredações nao irão ocorrer.

Conforme dados da entidade, são 30 mil homens trabalhando em 400 obras de Campo Grande. A paralisação deve afetar obras públicas e privadas, entre elas estão a construção do Aquário do Pantanal e as obras das construtoras Plaenge, MRV, PDG e Brooksfield.

O objetivo da greve é um aumento salarial superior aos 5,39% apresentado pelo setor patronal e recusado pelos trabalhadores.

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