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Capital

Grupo protesta contra aprovação de PECs e sucateamento do trabalho

Viviane Oliveira e Renan Nucci | 01/05/2015 09:58
Grupo pretende caminhar de 5 a 6 quilômetros por dia em protesto contra as atitudes do Governo Federal)(Foto: Simão Nogueira)
Grupo pretende caminhar de 5 a 6 quilômetros por dia em protesto contra as atitudes do Governo Federal)(Foto: Simão Nogueira)

Cerca de 700 manifestantes de diversas classes sindicais deram início na manhã de hoje (30) a uma caminhada de 30 quilômetros. O grupo saiu do posto de combustíveis Jaú, que fica na saída para São Paulo, na BR-163. Eles pretendem caminhar de 5 a 6 quilômetros por dia, acampar às margens da rodovia para chegar no dia 5 de maio, na Praça Ary Coelho, em Campo Grande, onde se reúnem com outras entidades.

O grupo protesta contra as PECs da terceirização e a 215, que garante ao poder Legislativo o direito de fazer as demarcações de áreas indígenas. Os manifestantes dizem ainda que são contra as últimas ações do Governo Federal, que têm tirado os direitos conquistados pelos trabalhadores e o Congresso, que pede a terceirização.

Estão envolvidos na ação sindicalistas da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) e indígenas.

O indígena Anastácio Peralta, de Porto Murtinho, diz que veio à Capital para protestar contra a PEC 215 que aborda a questão das demarcações. “Se for aprovada, o congresso vai poder decidir o que é ou não terra indígena. Como a maioria dos congressistas são latifundiários com certeza os interesses deles serão atendidos”, lamenta.

Os manifestantes também pedem pela aceleração da reforma agrária, parada há 5 anos. De acordo com o diretor do MST, Jonas Carlos da conceição, o Incra está sem superintende e até agora o Governo Federal não se pronunciou sobre o caso. “O governo não sinaliza quando vai trazer alguém ”, reclama.

O protesto foi convocado pela CUT para lutar contra o posicionamento que o governo tem tomado nos últimos meses, principalmente, o que se refere a questão dos direitos trabalhistas. “Se continuar assim, a classe dos trabalhadores será sucateada, pontua o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Genilson Duarte.

Uma viatura da PRF (Polícia Rodoviária Federal) acompanha o grupo, que caminha pelo acostamento da rodovia sentido Campo Grande. Parte dos manifestantes faz o controle do comboio para evitar acidentes.

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