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Capital

Grupo se organiza para levar lixo até a casa do empresário João Amorim

Ricardo Campos Jr. | 11/09/2015 18:00
Casa do empresário João Amorim que pode ser alvo de protesto (Foto: Fernando Antunes)
Casa do empresário João Amorim que pode ser alvo de protesto (Foto: Fernando Antunes)

Indignado com a sujeira que toma conta da cidade, um grupo organiza um protesto pelo Facebook conclamando os campo-grandenses a levarem o lixo até a casa de João Amorim, investigado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pela Polícia Federal nas operações, respectivamente, Coffee Break e Lama Asfáltica. A ação leva em conta que o empresário tem ligação com a Solurb, que suspendeu a coleta de resíduos alegando falta de pagamento do município.

O genro de Amorim, Luciano Dolzan, é um dos sócios da LD, que integra o consórcio responsável pela limpeza urbana.

A manifestação é encabeçada pelo professor Ascânio Bottini. Ele conta que um amigo teve a ideia a partir de uma postagem publicada na internet sobre a crise política na Capital. Ele não tem previsão de quantas pessoas irão aderir ao ato, mas diz que “se houver umas 15 ou 20 pessoas já está bom”.

Como o protesto está se espalhando pela rede, ele espera a presença de seguranças na frente da residência do empresário, mas afirma que isso não será motivo para recuar. “É só para fazer barulho mesmo, fazer um protesto contra tudo o que está sendo feito na cidade, mostrar que a população está indignada”, relata.

O evento está marcado para as 10h30. Até o momento, 516 foram convidados para o movimento e somente 13 confirmaram a presença.

Lixão urbano - A CG Solurb afirma que tem a receber da prefeitura R$ 49 milhões, entre pagamentos dos meses atrasados, ressarcimento e outros serviços, já a prefeitura diz que o pagamento está em dia e que só neste ano a empresa já recebeu do município R$ 56 milhões.

A empresa alega que a prefeitura deveria pagar R$ 7 milhões por mês, mas só pagou R$ 1 milhão em agosto. Apesar das medições terem sido feitas, o pagamento está atrasado há mais de 90 dias e o débito soma R$ 23,8 milhões só se considerar as parcelas atrasadas.

Diante disso, os cerca de mil funcionários da concessionária ficaram sem receber e decidiram cruzar os braços há três dias. Ontem, reunião dos dirigentes da companhia com o prefeito Alcides Bernal (PP) mostrou-se infrutífera e não houve acordo.

Com isso, grande quantidade de lixo já está acumulada pelas ruas do centro e pelos bairros de Campo Grande. A chuva agravou ainda mais o problema, pois espalhou a sujeira pelas ruas e calçadas.

Ao tentar encontrar uma solução ao problema, Bernal cogitou colocar funcionários da própria prefeitura para fazer a coleta. A Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) já avisou que pode ajudar de forma paliativa, mas não tem estrutura para realizar o serviço.

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