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Capital

Grupos defendem bandeiras próprias e intervenção militar tem poucos adeptos

Flávia Lima e Leonardo Rocha | 12/04/2015 17:11
Grupo pede fim de nepotismo nos poderes. (Foto: Marcelo Calazans)
Grupo pede fim de nepotismo nos poderes. (Foto: Marcelo Calazans)

Grupos diversos participam do protesto contra a corrupção e pedindo o impeachment da presidente Dilma Roussef, em Campo Grande, porém um dos mais evidentes em todo o país, o que pede a intervenção militar, não teve muitos adeptos na Capital. Reunindo entre dez e 15 pessoas, o grupo que apoia o regime militar acredita que é necessário fechar o Congresso por tempo indeterminado e na sequência, convocar eleições. "Só deveriam deixar os fichas limpas participarem das eleições", proclama Ademar Dahm, 57, um dos representantes do grupo.

Ilsa Romão, também integrante do grupo diz que é preciso promover "uma faxina no país", já que, na sua opinião, todos os partidos estão sem credibilidade junto a população. Os dois movimentos que organizam a passeata na Capital deixaram claro que não compartilham da ideia de intervenção militar e não reconhecem a legitimidade do movimento.

Outro grupo menor, também formado por no máximo 15 pessoas, pede o fim do apadrinhamento político no Tribunal de Contas. Os integrantes são a favor da PEC que está tramitando na Assembleia Legislativa que proíbe a indicação de políticos para o cargo de conselheiro do TCE. O grupo também condena o nepotismo cruzado e pede o fim da terceirização no tribunal. “Quando terceirizam ou indicam apadrinhados deixam de chamar quem foi aprovado em concurso”, ressalta Fabiana Félix, 38, que foi aprovada no último concurso do órgão para o cargo de auditor de controle externo e não foi convocada.

Manifestantes carregam placas que pedem o afastamento da presidente Dilma do poder. (Foto: Marcelo Calazans)
Manifestantes carregam placas que pedem o afastamento da presidente Dilma do poder. (Foto: Marcelo Calazans)

Já a maçonaria levou um grupo grande à caminhada, formada por 250 pessoas. Segundo o Grão Mestre Amilcar Silva Júnior, a principal bandeira da organização pede o fim do desvio de verbas públicas o que, segundo eles, provoca o retrocesso do país. "Esse movimento pode mudar o Brasil", ressalta o Grão Mestre, que enfatiza a participação da maçonaria desde o primeiro protesto, em março.

Protesto diferenciado fez Estefania Dionisio e mais três amigas, integrantes do grupo Chega de Impostos. Elas caminham distribuindo rosas aos policiais que fazem a segurança da passeata. "É um momento de agradecimento à polícia que está no local trabalhando e tratando os manifestantes com educação", ressalta Estefania.

Faixas - Entre as faixas escritas, a maioria pede o impeachment de Dilma, extinção do PT e fim da corrupção, porém algumas trazem dizeres curiosos e inusitados, como uma que diz "Fora a ideologia nas escolas", "Fora MST" e "Cadeia para o chefe da quadrilha".

Segundo a organização da passeata, 14 mil manifestantes participam da caminhada, mas a PM calcula em 12 mil. No final da paseata há quatro caminhões que levam faixas ressaltando uma nova paralisação da categoria no dia 23 de abril, caso a tabela mínima de frete não seja aprovada.

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