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Capital

Guardas continuam em frente à prefeitura e aceitam reajuste de 4,62%

João Humberto e Michel Faustino | 29/06/2016 15:25
Presidente do Sindicato dos Guardas Municipais está preocupado com o fato de a categoria ficar sem reajuste neste ano (Foto: Fernando Antunes)
Presidente do Sindicato dos Guardas Municipais está preocupado com o fato de a categoria ficar sem reajuste neste ano (Foto: Fernando Antunes)

Guardas municipais de Campo Grande estão se revezando em protesto em frente à prefeitura de Campo Grande deste a manhã desta quarta-feira (29). Eles cobram reajuste salarial por parte do Executivo, até o momento não foram recebidos pelos secretários Ricardo Trefzger Ballock (Administração) e Disney de Souza Fernandes (Planejamento, Finanças e Controle) e temem ficar sem o tão esperado aumento de salário, que de 9.57% pode cair para 4.62%.

Conforme Hudson Pereira Bonfim, presidente do Sindicato dos Guardas Municipais, em 2015 a prefeitura também não concedeu reajuste. Atualmente, os guardas tentam aprovação de aumento salarial de 4.62%, mais a mudança de referência de categoria, que passaria de referência 3 para referência 12.

Hudson explica que a mudança de referência gera impacto no salário, além de colaborar para a valorização da categoria. Hoje, o piso dos guardas municipais é de R$ 811,00, mais adicionais de insalubridade, plantão e cartão alimentação no valor R$ 120,00.

Advogado do sindicato, Marcio Almeida disse ao Campo Grande News que no dia 30 de maio foi publicado em Diário Oficial o índice de gasto com pessoal, que apontou que o Executivo estaria abaixo do limite prudencial previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. No entendimento dele, essa condição é favorável para o que o Município conceda o reajuste solicitado pela categoria.

Reajuste linear – De acordo com projeto de reajuste encaminhado pelo prefeito Alcides Bernal (PP) à Câmara Municipal em março, haveria aumento de 9.57% nos salários dos guardas, contudo, a proposta foi rejeitada pelo Legislativo com base em reivindicações da categoria. Na ocasião a solicitação era de um aumento de 18%.

Bernal alega que a lei eleitoral determina que a prefeitura não conceda reajuste acima da inflação durante os 180 dias que antecedem a eleição, marcadas para outubro. Por conta disso, o Executivo pode conceder aumento salarial acima da inflação antes desse período.

A determinação da lei eleitoral libera reajuste acima da inflação apenas com base nos índices do ano corrente. Rejeitada a proposta dos 9.57% de aumento, o prefeito alega que agora só pode conceder aumento de 3.60%, percentual referente ao acumulado da inflação entre os meses de janeiro a março.

O sindicato rejeita a proposta e pede que o percentual de 4.62% seja levado em consideração, além dos benefícios para valorização da categoria. Só nessa terça-feira passaram pela prefeitura cerca de 300 guardas em sistema de revezamento, já que eles mantêm a escala de trabalho normal.

A categoria ainda não cogita a deflagração de greve e deve permanecer em frente à prefeitura até conseguir a reunião com os dois secretários. Os guardas prometem intensificar o protesto. “Greve seria um último artifício”.

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