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Capital

Há cinco anos na polícia, escrivã morreu ao dar luz à primeira filha

Filipe Prado | 28/11/2014 17:06
Katyane morreu na madrugada de hoje após complicações no parto da 1ª filha (Foto: Reprodução/Facebook)
Katyane morreu na madrugada de hoje após complicações no parto da 1ª filha (Foto: Reprodução/Facebook)

A escrivã de Polícia Judiciária, Katyane Mecutes Amaro de Souza, 32 anos, que morreu no início da madrugada desta sexta-feira (28), depois de complicações durante o parto, trabalhava na Polícia Civil há cinco e daria luz à primeira filha.

O delegado titular da 5ª Delegacia de Polícia, Jairo Carlos Mendes, contou que há quatro ela trabalhava como escrivã na delegacia. “Era uma ótima profissional. Era exemplar”, assegurou sobre o trabalho da “minha escrivã”, como ele a chamava.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, ela trabalhava há cinco anos na polícia, sendo que passou um ano no interior e depois transferida para Campo Grande.

O contato fora da delegacia era pouco, somente em festas de confraternização, comentou o delegado, mas ele afirmou que eles tinham uma “convivência próxima”. “Ela ficava na sala ao lado da minha. É lamentável. Todos estão muito abalados com isso”, afirmou Mendes.

O delegado apontou que este seria o primeiro filho de Katyane. “Nós perdemos uma pessoa de ouro e a polícia uma profissional exemplar”, finalizou o delegado.

O Campo Grande News procurou a Maternidade Cândido Mariano, onde ela estava internada, mas os funcionários informaram que somente a enfermeira chefe poderia falar com a impressa, porém ela não estaria mais no local. O hospital também não se pronunciou na manhã de hoje.

O velório da escrivã começou às 16h45 de hoje no cemitério Jardim das Palmeiras, localizado na Avenida Tamandaré, 6934, Bairro Vila Neusa. O local e horário do sepultamento ainda não foram divulgados.

Parto – De acordo com o registro policial, a vítima, esposa de um sargento do Corpo de Bombeiros, deu entrada na maternidade por volta das 16h de ontem (27), com parto agendado para às 19h. Ela estava aparentemente bem, mas no ato do procedimento cirúrgico começou a ter complicações.

A bexiga estaria “colada” ao útero, o que dificultava a retirada do bebê. Katyane teve hemorragia e queda brusca na pressão arterial. A médica que a acompanhava desde o início da gestação avisou os familiares sobre o ocorrido, e disse que precisou entubá-la e transferi-la para o CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital do Pênfigo.

A gestante foi colocada em uma ambulância e cerca de 15 minutos depois chegou ao hospital com pressão zero. O médico que prestou atendimento chegou a realizar manobras de ressuscitação e aplicar medicações necessárias para estabilizar o quadro, mas sem sucesso. Katyane não resistiu e morreu. O bebê foi retirado e transferido para outra unidade de saúde, onde está internado em estado grave.

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