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Capital

Homem confessa que matou ex-mulher e alega que foi por ciúmes

Mariana Lopes e Francisco Junior | 28/03/2012 14:09

Ele se apresentou na delegacia na manhã de hoje, após quatro dias do crime, e disse ao delegado que matou Gláucia porque soube que ela estaria saindo com outro

Baseado em depoimentos de pessoas que convivem com Djalma, delegado diz que ele tem o perfil ciumento(Foto: Pedro Peralta)
Baseado em depoimentos de pessoas que convivem com Djalma, delegado diz que ele tem o perfil ciumento(Foto: Pedro Peralta)

Djalma Dias da Silva, de 34 anos, confessou, em depoimento à polícia na manhã desta quarta-feira (28), ter matado a ex-mulher Glaucia Aparecida Perreglinele Jara, de 44 anos, por ciúmes. O crime aconteceu no último domingo (25), no Jardim Leblon.

O advogado de Djalma, que nega que o crime tenha sido premeditado, disse que seu cliente teria matado a ex-mulher porque soube que ela estaria namorando outro e ficou desequilibrado.

De acordo com o relato do acusado, no dia do crime ele foi tirar satisfação com Glaucia sobre o novo relacionamento dela, os dois começaram a brigar e ele a degolou com uma faca de cozinha.

Briga - O depoimento durou cerca de duas horas e, segundo o delegado Valmir Moura Fé, no dia do crime, Djalma esperava Glaucia no quintal da casa dela, debaixo de um pé de acerola, que estava em um bar com amigos.

Quando a costureira chegou de mototáxi, ela abriu a porta dos fundos e voltou a falar com o mototaxista, quando Djalma aproveitou para entrar na casa e se esconder debaixo da cama do quarto dela.

Ainda de acordo com o delegado, quando Glaucia foi trocar de roupa, o ex-marido saiu debaixo da cama e os dois começaram a brigar. No meio da discussão, Djalma deu uma gravata nela e com uma faca da cozinha deu dois golpes na garganta.

Moura Fé disse que o acusado deitou a vítima na cama, colocou o travesseiro na cabeça dela e a cobriu com o edredom. Glaucia foi encontrada morta pelo filho, Rogério Jara Vilharva, de 25 anos.

Conforme o delegado, Djalma disse que amava muito a ex-mulher. Após cometer o crime, Djalma fugiu para Anastácio.

Relacionamento - O casal se conheceu há oito meses durante uma festa e dois meses depois passaram a morar junto. Ela havia terminado o relacionamento, mas ele queria reatar. Djalma afirma que eles haviam se separado na quarta-feira anterior ao assassinato.

Outras agressões - Djalma é acusado de ter agredido Glaucia em ocasiões anteriores, mas ele nega. Segundo testemunhas, em fevereiro deste ano, Glaucia chegou a interromper a gestação de três meses, por conta de golpes na barriga que levou do ex-marido.

De acordo com a Polícia e com familiares, ela já havia sido agredida por Djalma outras vezes. Ela sempre aparecia com hematomas, mas atribuía as marcas a quedas.

Liberdade - Djalma será indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por não permitir defesa da vítima. Como ele se apresentou e não oferece risco às testemunhas, responderá o processo em liberdade. De acordo com Moura Fé, não há elementos suficientes para pedir prisão preventiva do acusado.

Presente na delegacia, a irmã de Glaucia, Sebastiana Jara, estava revoltada. “Como podem deixar um assassino desse, que bate em mulher grávida, solto?”, disse aos gritos.

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