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Capital

Homem que enviava remédio falso para reumatismo pelos Correios é preso

Flagrante aconteceu por volta das 17h30 desta terça-feira, na Agência Central dos Correios em Campo Grande

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 01/02/2023 12:36
Frascos, que seriam enviados pelos Correios, apreendidos pela polícia (Foto: Bruna Marques)
Frascos, que seriam enviados pelos Correios, apreendidos pela polícia (Foto: Bruna Marques)

Homem de 50 anos, que não teve o nome divulgado pela polícia, foi preso com 826 frascos e 12.390 cápsulas do produto Harp 100. Por não ter registro, o medicamento foi suspenso desde dezembro de 2009 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O flagrante aconteceu por volta das 17h30 desta terça-feira (31), na Agência Central dos Correios, na Rua Vasconcelos Fernandes, na região da antiga rodoviária, em Campo Grande. Indagado, o suspeito disse que há 3 anos enviava o medicamento para todo o Brasil.

O Harp 100 tem sido comercializado sob a alegação de ser um medicamento fitoterápico. O comércio do produto é feito pela internet. A propaganda informa que o produto trata dores crônicas de coluna e doenças como artrite, artrose e reumatismo. No entanto, o remédio é um relaxante muscular composto por ibuprofeno e orfenadrina (família da morfina).

Alguns desses remédios já haviam sido embalados para serem enviados (Foto: Bruna Marques) 
Alguns desses remédios já haviam sido embalados para serem enviados (Foto: Bruna Marques)

Cada frasco era vendido por R$ 25 como se fosse fitoterápico (remédio produzido a partir de vegetais ou plantas). O autor afirmou que também fazia o uso do medicamento. O remédio é feito por um farmacêutico, que repassava ao autor para fazer a venda. O profissional já foi ouvido informalmente e o caso segue sob investigação.

Segundo o delegado Hoffman D'Avila Candido de Souza, da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), a Polícia Civil de Votuporanga, no Estado de São Paulo, investiga um caso de morte suspeita por homem que fazia uso do produto. "A pessoa tomou por dois anos e veio a óbito", afirmou o delegado.

O pai dessa vítima também foi internado com os mesmos sintomas após fazer uso do Harp 100. Em Campo Grande, a investigação iniciada pela Denar teve apoio da Receita Federal e da gerência de segurança dos Correios. Caso foi registrado como adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.

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